Nuvens ainda brancas, mas o barrado cor de chumbo se levantando no rumo de Corumbá, anunciando ventos e tempo ruim.
Na passagem, informa-nos Joaquim Eugênio, essa agitada frente levou nosso poeta e historiador Augusto César Proença.
Os papéis voando, as roupas caindo dos varais, as folhas fazendo barulho, as palmeiras e bocaiuveiras jogando suas folhas e engaços, os pássaros silentes no meio da ventania, era Corumbá se despedindo do filho querido que cantava com maestria, as alegrias, proezas e dores da gente pantaneira.
Augusto César Proença, você deixou para cada um de nós um pouco do seu gigantesco talento e insuperável erudição, é com avareza que guardaremos, como tesouros, as lembranças das histórias verídicas que garimpastes no passado e tornastes imortais em sua prosa que, superando o presente, se tornará marcos permanentes no futuro de nossa gente.
Descanse em paz, Guerreiro das Letras, que seu magnífico legado conforte parentes e amigos neste tênue momento de separação...
Augusto César Proença, Poeta do Pantanal, eternamente presente em nossas vidas...
(*) Pantaneiro do Porto São Pedro, Amolar, Corumbá (MS)
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