O mundo preservado é pobre, miserável, basta olhar os rincões do planeta terra onde a biodiversidade é farta. A lógica é preservação alta IDH baixo. Não é uma teoria, são os números, uma constatação.
A explicação é simples, em nome da preservação, o mundo moderno elege os seus ocupantes como pagadores da conta. A lógica é o cerceamento da atividade econômica. A paisagem, a beleza cênica, a fauna e a flora são eleitas, em detrimento das pessoas que vivem nas áreas preservadas, como únicas beneficiárias.
Essa lógica burra, desumana, irracional, já encontra algumas mudanças mundo afora. São exemplos ainda tímidos, principalmente em países nórdicos. A Costa Rica, nas Américas, é outro caso de sucesso.
O novo modelo de preservação valoriza o homem que ali está, sua atividade econômica que preservou. Os mecanismos são incentivos fiscais, pagamento por serviços ambientais, valorização da cultura local e seus produtos, turismo sustentável etc...
Novamente vão legislar sobre o Pantanal, a conta da preservação recairá, como sempre, na comunidade pantaneira? Nosso rico Estado continuará mantendo o bolsão de pobreza na Bacia do Paraguai? Irão, em nome da preservação, destruir uma cultura secular?
Senhores Deputados, está na hora de mudar essa lógica cruel, temos que abraçar e cuidar da comunidade pantaneira, não se pode mais simplesmente entregar o ônus da preservação para nossa gente pantaneira.
(*) Pantaneiro
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