quinta, 25 de abril de 2024
DIÁLOGO FLORESTAL

Evento reforça o componente social da restauração de ecossistemas

01 ABR 2022 - 14h25Por Silvio

Com objetivo de mobilizar esforços de cooperação e ampliar as ações para recuperar serviços ecossistêmicos nos diferentes biomas brasileiros, o Diálogo Florestal lança na quarta (13/4), às 15h, a publicação “Desafios para Ganhar Escala na Restauração e o Papel da Sociedade Civil”, com análises destacando a importância do viés social da atividade. O evento reunirá diversas partes interessadas relacionadas ao tema e será transmitido pelo canal da organização no Youtube, em parceria com a Página22.
 
Como diferencial, essa 10ª edição da série Cadernos do Diálogo traz uma seção especial com cinco casos de sucesso em boas práticas na restauração de ecossistemas recebidos através de chamada pública e selecionados por uma banca de especialistas. O comitê de avaliação foi integrado por Daniel Piotto, Fátima Piña-Rodrigues e Ricardo Ribeiro Rodrigues.
 
As iniciativas vencedoras, que serão reveladas no encontro virtual, compõem as seguintes categorias: larga escala; pequenas áreas e grandes impactos; impulsionamento da cadeia da restauração e inclusão social; geração de trabalho e renda através da restauração; e tecnologias e financiamento para a restauração ecológica.
 
O conteúdo da publicação traz, no capítulo 1, a importância de construir um novo pacto social para além de plantar árvores, considerando gênero, respeito à diversidade e proteção dos recursos naturais no contexto da emergência climática e das perdas de ecossistemas -- além do olhar para a soluções baseadas na natureza, a escuta ativa, a dignidade humana, e os direitos dos povos tradicionais e indígenas.

Pilares centrais
 
Com destaque à contribuição do setor privado para a construção da visão da paisagem, as análises abordam a capacidade brasileira de inovar em governança de conciliação de múltiplos atores e interesses, conforme casos de pactos e alianças citados no capítulo 2. Nesse cenário, no capítulo 3, a publicação destaca o fator econômico como um dos pilares centrais, com o alerta de que a falta de entendimento do conceito de capital natural e a não internalização dos serviços ecossistêmicos nas contas clássicas é um erro grave no fluxo de caixa de qualquer país. A economia da restauração, dizem os autores, exige a inclusão de pessoas marginalizadas em um processo mais justo e equitativo.
 
Formalmente apoiador da Década das Nações Unidas para Restauração dos Ecossistemas 2021--2030, o Diálogo Florestal atua há mais de 15 anos no Brasil como uma iniciativa pioneira e independente que facilita a interação entre representantes de empresas, associações, organizações da sociedade civil, comunidades, povos indígenas, universidades, centros de ensino e pesquisa. O trabalho é articulado por meio de sete Fóruns Regionais e tem mais de 180 organizações participantes em todo o Brasil.
 

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