A 8ª edição da Feira Literária de Bonito (Flib) já tem data marcada (de 3 a 7 de julho) e terá como tema “Literatura: as fronteiras e as travessias”. O evento tem apoio institucional da prefeitura local e será realizado na Praça da Liberdade, com toda programação gratuita.
As fronteiras estão em todos os lugares: nos gêneros literários, na cultura, na política, nos limites geográficos, na divisão de gênero, raça e etnias, entre outras, e são configuradas pela literatura, lugar por excelência dos transbordamentos e de tudo o que é acrescentado ao mundo pela imaginação.
O organizador da feira, Carlos Porto, se reuniu com o prefeito Josmail Rodrigues e as secretárias de Educação e Cultura, Eliana Fregatto e de Turismo, Indústria e Comércio, Juliane Salvadori, para debater detalhes da organização e logística, uma vez que o evento objetiva sempre envolver a comunidade bonitense, principalmente escolas e centros de educação infantil, nas diversas atividades oferecidas.
“Um dos nossos pedidos a organização sempre foi para que a Flib fosse realizada considerando o calendário escolar da REME, para que as crianças possam participar de forma ativa, o que tem sido atendido”, detalha o prefeito bonitense.
Homenagens
Sobre a próxima edição, Carlos Porto assim se expressou: “consideramos importante que o tema Literatura: as fronteiras e as travessias provoque reflexões, alcançando um público mais amplo, que vive e convive com questões decorrentes das fronteiras, não como limite ou disputa, mas como lugar de troca de saberes, de vivências e vizinhanças, como é o caso de Bonito e de Mato Grosso do Sul”.
Os homenageados desta edição serão os escritores Hélio Serejo (1912-2007) e Graciliano Ramos. Nascido em Nioaque, Serejo cujas narrativas e personagens permitem compor um quadro da cultura regional, deixou entrever as fronteiras em contos e causos, fragmentos de histórias que ouviu ou que viveu, em tempos e espaços que se perdem em suas memórias
Graciliano, escritor brasileiro representativo do romance regionalista dos anos 1930, cuja obra Vidas Secas é um exemplo dos deslocamentos a que são submetidos os sujeitos nas diferentes regiões brasileiras, compondo nossas identidades, transgredindo nossas margens, estabelecendo novos territórios para si e para os outros.
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