domingo, 19 de maio de 2024
TRADE SHOW

SUSTENTABILIDADE DA PESCA ESPORTIVA NO RIO PARAGUAI É DESTAQUE EM FEIRA

24 MAR 2023 - 09h38Por SILVIO DE ANDRADE

A pesca esportiva na modalidade de pesque e solte praticada no Pantanal de Corumbá, onde sugiram as leis restritivas e o comprometimento dos empresários do setor para proteger as espécies nobre e o meio ambiente, foi destaque no 1º Fórum Nacional do Turismo de Pesca, realizado nesta quinta-feira (23) em São Paulo. O evento fez parte do Pesca & Companhia Trade Show, maior feira de pesca da América Latina, que acontece até o dia 25.

A organização dos operadores, primando sempre pelo princípio da sustentabilidade, a melhor estrutura embarcada e a mudança de conceitos e postura do trade com a implantação do pesque e solte foram realçados pela ACERT (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) durante palestra do associado e empresário Ademilson Esquivel. A entidade agrega as empresas de barcos-hotéis, hotéis pesqueiros e de equipamentos náuticos do destino.

Associado da ACERT, o empresário Ademilson Esquivel palestrou durante o Fórum da Pesca Esportiva no Trade Show

“O posicionamento da associação em defesa da sustentabilidade do Pantanal criou uma nova consciência no empresariado, e ao longo dos anos a forma de pensar e a postura em relação a pesca esportiva foram revistos e mudamos, sempre em busca de medidas que protejam os estoques pesqueiros, o Pantanal e os nossos negócios”, disse o representante da ACERT para o grande público que lotou as dependências do auditório do Pavilhão de Exposições do Pro Magno Centro de Eventos, na capital paulista.

Divisor de águas

Ademilson Esquivel lembrou que a ACERT, fundada em 1985, liderou os movimentos que resultaram em leis de pesca mais restritivas até a legislação atual (2020), que estabelece a cota de um exemplar (respeitando-se tamanhos mínimos e máximos) e cinco piranhas e a proibição da captura do dourado. Em 1995, a cota permitia 30 quilos, com forte pressão ao estoque pesqueiro. Em 2012, com o apoio da ACERT, o município de Corumbá estabeleceu a moratória do dourado.

Maior feira de pesca esportiva reúne empresários de Corumbá, com o apoio da Fundtur/MS e do Sebrae

“Nossa associação foi um divisor de águas na luta pela preservação do Pantanal e dos recursos pesqueiros, enquanto Corumbá foi a porta de entrada para a estruturação do turismo de pesca esportiva em Mato Grosso do Sul”, disse o empresário durante sua palestra. “Hoje, independente da lei vigente, os contratos firmados pelos nossos associados, em sua maioria, são somente para a prática do pesque e solte, para qualquer espécie de peixes (nativos e exóticos).”

O associado da ACERT também ressaltou o compromisso e a responsabilidade das empresas associadas com a segurança e conforto dos clientes, desde a regularização junto ao Cadastrur, do Ministério do Turismo, ao cumprimento das normas da Marinha do Brasil e da vigilância sanitária, além de guias especializados. As embarcações e empreendimentos oferecem total conforto, com todos os ambientes internos climatizados e equipamentos de qualidade.

Novo público

A pesca esportiva para o turismo em Corumbá/Ladário, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, tem uma importante e considerável participação no crescimento social, econômico, ambiental e turístico da região. O segmento participa com a injeção de mais de R$ 40 milhões, relativos aos salários dos mil empregados, além do giro financeiro na economia local envolvendo toda a cadeia produtiva do turismo. “É a atividade que mais gera emprego e renda no Pantanal”, citou Ademilson.

Empresária Joice Santana também fez palestra o fórum, focando a pesca entre mulheres e o grupo "Anzol Rosa"

Antes praticada exclusivamente pelos homens, a pesca esportiva no Pantanal de Corumbá também diversificou seu público, passando a ganhar cada vez mais adeptos do público feminino. Hoje, é um programa para grupos de amigos, mulheres, casais e famílias – tema que ganhou também destaque em um dos painéis do fórum - “Mulheres na Pesca Esportiva” -, onde a empresa Joicetur apresentou a incrível experiência com o grupo “Anzol Rosa”.

Ao final da palestra, o diretor da ACERT cobrou novas e urgentes políticas públicas para regulamentar o manejo dos recursos pesqueiros no Estado, medidas que promovam a pescaria sustentável, eliminando atividades mais agressivas ao meio ambiente, e maior adesão dos empresários do setor ao pesque e solte. Também sugeriu a criação de um órgão específico da pesca esportiva no Ministério do Turismo e de um plano arrojado de marketing para promover o segmento dentro e fora do Brasil.

Mais informações:
Facebook
Instagram
Email: [email protected]

(Assessoria de Imprensa da ACERT)
 

Leia Também

Relatos de viagem

A decoada, o armau e história de pescador no Pantanal do Nabileque

Mais Relatos de Viagem

Megafone

O meio ambientalismo nunca preocupou-se com o meio ambiente. Suas ações são histéricas ou fanáticas em defender interesses inconfessos

Armando Arruda Lacerda, pantaneiro

Vídeos

As 10 cidades mais ricas em espécies de aves

Mais Vídeos

Eco Debate

PAULO DE GODOY

Os desafios da sustentabilidade da jornada de dados para IA

ARMANDO ARRUDA LACERDA

Pantaneiros informam: respeitar não é idolatrar animais

FREDERICO BUSSINGER

Água, chuvas, enchentes: Lições aprendidas e a aprender