sexta, 26 de abril de 2024
BIOPARQUE PANTANAL

Reprodução de peixes poderá repovoar rios de MS

23 MAI 2022 - 12h10Por REDAÇÃO

Com a finalidade de reverter o quadro de algumas regiões onde não se encontra determinadas espécies com facilidade, o repovoamento dos rios em Mato Grosso do Sul seria uma solução futura de acordo com Heriberto Gimenes Júnior, biólogo, coordenador e curador do Bioparque Pantanal, mega estrutura construída pelo Governo do Estado no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. 

“Se você tem as matrizes de uma espécie rara, elas estão reproduzindo e têm filhotes, podemos fazer o repovoamento em áreas que estão sendo impactadas”, explica.

O Bioparque Pantanal, batizado popularmente de Aquário do Pantanal, é considerado referência mundial por ser o maior aquário de água doce do mundo, mas, apesar de ser destaque no turismo, um de seus pilares é a conservação de espécies, conforme explica o profissional.

“Se existe alguma espécie ameaçada de extinção, algum rio que está sofrendo impacto e que possa prejudicar a existência de algum animal, o aquário serve como um auxílio no sentido de reprodução. Nosso objetivo é estudar como é o comportamento, como é a parte reprodutiva e com isso criar políticas de conservação para a preservação de uma referida espécie potencial ameaçada de extinção”, destaca.

Tetra de Cauda Vermelha se reproduziu no complexo e foi descobeerto no Rio Correntes

Espécie inédita

Segundo o biólogo, duas espécies que estão no Bioparque Pantanal se enquadram numa categoria ameaçada de desaparecer, o Tetra de Cauda Vermelha e o Cascudo-viola. Ambos se reproduziram no complexo - o primeiro foi descoberto recentemente no Rio Correntes, entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

“Ele veio de um rio em que o entorno dele, basicamente é tomado pela agropecuária, tem agrotóxico, com as chuvas esse agrotóxico entra dentro do sistema e isso pode futuramente causar um grande impacto nos peixes desse lugar. Com essa espécie inédita aqui dentro do Bioparque reproduzindo, iremos entender seus hábitos e trabalhar na sua conservação”, pontua.

O curador ainda esclarece que o lazer, a educação ambiental e a produção científica, aliados a conservação, compõem um aquário público.

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