A Prefeitura de Campo Grande promoveu uma reunião nesta quarta-feira (10) com representantes do Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan), onde ficou alinhado, por meio de um termo de compromisso, que todos os envolvidos deverão trabalhar para a preservação do patrimônio cultural histórico na área onde está a Rotunda Ferroviária.
A ideia é planejar ações emergenciais via projeto já aprovado pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal,no valor de R$ 800 mil, tendo como primeiro passo a elaboração de estudos e projetos arquitetônicos que irão estruturar a futura obra de revitalização de todo o complexo da Esplanada Ferroviária.
O acordo deve encerrar o impasse que há entre a prefeitura e o Iphan em relação ao projeto imposto pelo município de construir uma nova Feira Central no espaço tombado do antigo complexo ferroviário. O órgão federal foi contra a intervenção, que descaracteriza o patrimônio histórico local, porém a prefeitura havia recorrido às instâncias superiores.
Projeto atende complexo
A reunião com a presença da prefeita Adriane Lopes também foi motivada pelos estragos provocados pelas últimas chuvas e um dos prédios históricos que compõem a Esplanada Ferroviária, localizado ao lado da Feira Central. Dessa forma, a prefeita Adriane Lopes pediu uma solução viável em conjunto, depois de o município ser notificado pelo Iphan. O prédio destelhado não estaria recebendo manutenção.
Durante a conversa, o superintendente do Iphan em Mato Grosso do Sul, João Santos, destacou que o Instituto está aberto a diálogos para trabalhar de maneira integrada com a prefeitura na preservação do patrimônio cultural presente na região central de Campo Grande.
“Tivemos o desabamento e o Iphan, juntamente com a Secretaria de Cultura e Turismo, esteve no local, fazendo as primeiras fiscalizações. Ao mesmo tempo, a Defesa Civil seguiu os primeiros trâmites para o isolamento da área. Foi emitido um auto de infração de cunho educativo junto à prefeitura, por ser a proprietária dos edifícios. Agora, o próximo passo é firmarmos o termo de compromisso”, destacou ele.
A secretária municipal Mara Bethânia Gurgel, de Cultura e Turismo (Sectur), explicou que a prefeitura esteve em reunião com o órgão para rapidamente tomar as providências sobre a situação. “A conversa girou entorno da proposta de estudo e formulação de projeto para todo o complexo, contemplando os seis espaços naquele local, incluindo também os galpões, as casas onde funcionavam as oficinas e os armazéns da Esplanada”, explicou.
Compromisso da prefeita
Conforme o superintendente do Iphan, neste primeiro momento, o Iphan junto à Sectur, está em contato com o governo federal para cadastrar o pedido de repasse de recursos para elaboração de projeto, já que houve aprovação de plano da Sectur via PAC.
“Esse é o passo número um para as obras. Então, a Sectur está cadastrando essa ação junto ao governo federal para permitir o repasse desse recurso à administração municipal, que licitará os projetos de arquitetura. E esse estudo será feito numa construção em conjunto entre o Iphan, prefeitura e sociedade civil organizada para pensarmos na melhor ocupação e usos para aquela região tão importante da nossa cidade”, pontuou.
Nesta primeira fase, a ideia é a elaboração de projetos que vão contemplar tanto a área da rotunda, dos galpões que desabaram e também a estação e o armazém cultural, abrangendo todo o complexo ferroviária.
Ao final da reunião, a prefeita Adriane Lopes reiterou que o município deseja construir em conjunto com os órgãos pertinentes os projetos para a total revitalização do espaço.
“A prefeitura tem o objetivo de preservar e quer que a população tenha acesso a esses locais, que são nosso patrimônio histórico e cultural. Por isso, o Executivo está à disposição com as equipes técnicas e fará esse compromisso para que no futuro esse complexo possa voltar a ter vida na Capital”, garantiu.
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