PMA registra aumento de apreensões na Piracema

Grande quantidade de peixe apreendido em operação realizada em Corumbá, principal destino de pesca do Estado -Fotos: Divulgação

Com o encerramento do período de defeso (Piracema) em todos os rios do Estado e da União a meia-noite desta terça-feira (28), a Polícia Milita Ambiental (PMA) divulgou nota com um balanço ainda preliminar de quatro meses de fiscalização, constatando-se que houve um aumento de 305% em apreensão de pescado em relação a operação de 2022, embora com menor número de autuações. 

“Esta Piracema também figura entre as mais tranquilas”, informa o tenente-coronel Ednilson Queiróz, do setor de Comunicação da PMA, acrescentando que a fiscalização em 2022 foi a com menor ocorrência de todas as operações já realizadas pela corporação. 

Nesta última Piracema, o número de pescadores autuados (33) foi 26,66% inferior a anterior (45), no entanto, foram apreendidos 511 quilos de pescado (em 2022, 126 quilos). Na piracema de 2020-2021, o pescado apreendido totalizou 859 quilos.

“De qualquer forma, nas últimas cinco últimas operações na piracema têm havido números extremamente baixos de pescado apreendido, o que já se pode caracterizar uma tendência, apesar de ainda acontecer de alguém conseguir se esconder em locais ermos e capturar uma quantidade maior, como nesta piracema, em que um infrator foi preso com 279 km de pescado no Pantanal”, disse Queiróz.

Maior controle

Ele lembra que na operação de 2019-2020, três pescadores foram presos com 1.049 kg também no Pantanal. “Porém, felizmente a PMA tem conseguido prender os infratores que se arriscam a praticar a pesca no período proibido com pouco, ou sem que tenham capturado nenhum pescado”, acrescenta. “Por esta razão, a quantidade de pescado apreendido é muito variável, com relação a quantidade de autuados.”

Desde que a corporação adotou a estratégia de monitorar os cardumes, principalmente nos pontos de vulnerabilidade, nos últimos 20 anos tem havido um patamar médio próximo a 50 pessoas presas e menos de uma tonelada de pescado apreendido, “com tendência de baixa estabilidade em números inferiores, como nas últimas cinco operações”, explica Queiróz. 

Anteriormente a fiscalização mais intensa hoje desenvolvida, com o uso de mais equipamentos, policiais e tecnologia (drones), as apreensões de pescado na Piracema chegavam a até seis toneladas. 

“Os resultados obtidos pela fiscalização demonstram que a estratégia tem dado certo e os números têm se mantido em patamares esperados e aceitáveis, dentro da meta preventiva. Isto é fundamental, pois os recursos pesqueiros estão sendo bem conservados”, diz o tenente-coronel.
 

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