O período de piracema (defeso do sistema reprodutivo dos peixes) nos rios de Mato Grosso do Sul está completando dois meses. Nesse período – novembro de 2022 a janeiro de 2023 -, as apreensões de pescado, prisões e multas foram superiores à operação de 2021-2022 da Polícia Militar Ambiental (PMA), conforme números divulgados.
Na piracema do período anterior, foram apreendidos 47 quilos de pescado irregular, enquanto nos últimos dois meses foram 111 quilos interceptados pela fiscalização, com 21 prisões (em 2021-2022, foram cinco detidos por pesca ilegal), totalizando R$ 31.770,00 em multas até o momento. A pesca amadora e profissional está proibida até 28 de fevereiro.
Os números superiores a operação de 2021-2022, segundo avaliação da PMA, se deve “a atuação constante da força ambiental no combate a esse tipo de infração”.
Petrechos apreendidos
Com relação aos petrechos proibidos, destaca-se a quantidade de redes de pesca apreendidas (44 até agora), quantidade muito inferior à operação passado (70 redes nos dois meses).
“Ressalta-se que a apreensão e retirada de petrechos proibidos com alto poder de captura dos rios durante as fiscalizações é fundamental para evitar a depredação dos cardumes e tem sido uma preocupação constante”, informa a PMA.
Fiscalizações preventivas dessa natureza são fundamentais para a prevenção à pesca predatória e proteção dos cardumes, em princípio, para que os pescadores continuem respeitando as normas, mas principalmente, para a retirada desses petrechos ilegais de alta predação. A localização desse tipo de petrecho é difícil: o pescador arma a rede e não fica no local.
“Espera-se apreender durante toda essa piracema, a mesma quantidade de pescado que tem sido apreendido em piracemas anteriores, desde que a PMA tem adotado a estratégia de monitorar os cardumes no ano de 2000, que tem sido em média de uma tonelada”, informou a corporação em nota.
Uso de drones
A tecnologia de drones que já foi utilizada durante a pesca aberta, também tem sido fundamental na prevenção durante o período de defeso, especialmente, para acompanhar os cardumes e para evitar pesca com petrechos ilegais em cachoeiras e corredeiras, pontos em que os cardumes ficam muito vulneráveis à pesca predatória.
O uso desses aparelhos é importante na fiscalização, em virtude de que muitos pescadores que praticam pesca predatória possuem uma rede de informantes (via telefone), quando os policiais saem para a fiscalização nos rios, o que torna difícil a prisão dos infratores. Mesmo numa fuga, o drone permite identificar o infrator.
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