A tradicional Festa da Linguiça de Maracaju, cidade distante 149 km de Campo Grande, fomenta a cultura regional de Mato Grosso do Sul, além da gastronomia, turismo e economia, beneficiando a população do município.
A festa, realizada entre 3 e 5 de maio, faz parte da “Rota MS Gastronômica”, com várias atrações culturais organizadas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul. A ação da gestão estadual tem como objetivo potencializar a vocação natural de cada município, chamando a atenção para suas festas tradicionais.
O governador, Eduardo Riedel, e a primeira-dama, Mônica Riedel, participaram da festa neste sábado (5). “É muito gratificante o Poder Público incentivar e ajudar a Festa da Linguiça, que é uma tradição e remete a origem do município. Tudo é realizado em prol de uma cultura que é genuína de Maracaju. O governo do Estado estará sempre presente, porque reforça nossa história e cultura. Além disso, ajuda a sociedade local”, disse o governador.
Este ano, na 28° edição da festa que ocorre há 30 anos (com suspensão em 2020 e 2021 por conta da pandemia do coronavírus), foram produzidas aproximadamente 20 toneladas de linguiça. A previsão dos organizadores era de reunir 40 mil pessoas durante os dias de festa, com estimativa de que para cada real movimentado, outros R$ 7 giram em consumo e serviços no comércio de Maracaju.
O lucro obtido com a realização da festa é destinado a entidades assistenciais que prestam algum tipo de serviço para a sociedade. O hospital da cidade, Apae, casas de amparo à idosos, crianças e adolescentes, banco de auxílio a cadeirantes são alguns dos segmentos assistidos com recursos do evento.
História
A festa nasceu em 1994, de um projeto do Rotary Club que buscava divulgar e valorizar a iguaria mais famosa da cidade. Com o passar dos anos, a gastronomia se juntou a outros atrativos, como shows nacionais, exposição de veículos, máquinas e implementos, parque de diversões, artesanato, fazendo da festa um dos principais eventos turísticos do Mato Grosso do Sul.
Atualmente, o evento é considerado um dos maiores e mais importantes da gastronomia regional. A iguaria é temperada com "laranja azeda", com selo "anti-fake" de indicação geográfica emitido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o que garante desde 2016 ao prato a proteção contra falsificações de origem e produção. Além disso, em um dos dias da festa, a linguiça faz parte da merenda escolar na cidade.
Em 2019, foi firmado um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que deu status especial à iguaria, que agora integra a lista de 220 itens protegidos pelo Mercosul. Dentre os itens estão o queijo Canastra de Minas Gerais, Mel do Pantanal e a Cachaça.
No ano passado, passaram pelo Parque de Exposições em torno de 35 mil pessoas, com consumo e comercialização de 10 toneladas de linguiça. Toda a renda foi destinada às entidades sociais e assistenciais do município, entre elas, o Hospital Soriano Corrêa da Silva e projetos sociais da PM (Polícia Militar).
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