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Desmatamento no Cerrado cresceu 32,4% em 2022

13 JUN 2023 - 09h58Por REDAÇÃO

Desmatamento no Cerrado atingiu cerca de 659 mil hectares em 2022, segundo dados do MapBiomas Alerta. Esse número representa um aumento de 32,4% em relação a 2021, quando foram desmatados cerca de 498 mil hectares, segundo dados publicados no RAD (Relatório Anual de Desmatamento no Brasil).
 
Essa é a maior área registrada pelo MapBiomas Alerta no Cerrado, desde o início do monitoramento pelo projeto, em 2019. A área total desmatada em 2022 no bioma representa quase um terço da supressão da vegetação nativa no país (32,1%).
 
A Bahia foi o estado que mais desmatou no ano passado, com mais de 157 mil hectares derrubados, um aumento de 67,8% em relação a 2021. O Maranhão, que liderou a lista em 2020 e 2021, desmatou cerca de 152 mil hectares e ficou em segundo lugar. No Piauí, o desmatamento aumentou 137% em relação a 2021, o maior aumento entre todos os estados, totalizando mais de 136 mil hectares desmatados.

Área desmatada por estado no Cerrado em 2022 (Fonte: RAD/MapBiomas Alerta/IPAM)


 
O levantamento também mostra que é na região do Matopiba – composta por áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – que se concentra a maior parte do desmatamento no Cerrado, cerca de 77,7%. Foram mais de 512 mil hectares desmatados no ano passado.

Ritmo acelerado

O ritmo de desmatamento no bioma também cresceu. Em média, o Cerrado perdeu 1,8 mil hectares por dia, em 2022. No município de Alto Parnaíba, no Maranhão, foi registrado o desmatamento com a maior velocidade média diária do Brasil. Foram 1.912,9 ha desmatados em apenas oito dias.

No geral, o desmatamento dentro de unidades de conservação aumentou 47%. Foram 52 mil hectares desmatados, sendo que 98% desse desmatamento ocorreu em APAs. Por outro lado, as terras indígenas no Cerrado tiveram uma queda na área desmatada em 2022, cerca de 26%.

Segundo o projeto, 99% de tudo que foi desmatado no Cerrado teve a expansão agropecuária, na forma de abertura de novas lavouras e pastagens, como principal motivador.

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