Após seis meses de trabalho, reuniões, contribuições da população e discussões acerca do Turismo em Campo Grande, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS) e Conselho Municipal de Turismo (Comtur), lançou o Plano Municipal de Turismo, no auditório do Sebrae-MS.
O objetivo do Plano é que nos próximos dez anos Campo Grande seja reconhecida como um destino turístico de referência para eventos e negócios, capaz de oferecer experiências marcantes ao visitante, evidenciando o bem receber, a cultura e a natureza. A Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS) participou do lançamento e firmou parceria com o município.
“Nossa cidade completou 118 anos e tem quase 40 anos como Capital e até então não tínhamos um Plano de Turismo. Campo Grande é acolhedora, recebe pessoas de todos os lugares, é uma cidade que tem todos os temperos e todos os sabores. O lançamento deste plano é um marco do turismo na cidade”, discursou o prefeito Marquinhos Trad.
Olhando para a cidade
O segmento eventos e negócios é a vocação turística da Capital, de acordo com a superintendência de Turismo da Sectur. Entretanto, o plano tem também entre suas prioridades o desenvolvimento do turismo cultural, gastronômico, rural e ecológico. “Construímos este plano não para que ele fique dentro de gavetas, mas que ele seja, de fato, colocado em prática. Vivemos em um período de crise e precisamos de ações eficientes para serem realizadas, olhar para nossa cidade e buscar o que pode ser feito sem perder nossa visão de futuro”, destacou a secretária municipal de Cultura e Turismo, Nilde Brun.
A metodologia inovadora utilizada para construir o plano foi a Jornada do Turista, formada por cinco fases, sendo elas: Planejamento e reservas; Viagem ao Destino; A Chegada; No Destino e Partida. Cada um destes passos foi amplamente estruturado e apresenta objetivos e indicadores de alcance. O método citado acima foi utilizado, inclusive, na construção de planos de turismo de Melbourn, cidade conhecida como capital cultural da Austrália.
Turismo estruturado
A cada ano, até 2027, o plano passará por atualizações. Durante as revisões serão considerados os resultados obtidos no período e a criação de novas metas para alcançar a visão de futuro mencionada no documento.
“Estamos otimistas com essa parceria público-privada, que foi construída em volta do turismo. Enxergamos o futuro do setor com mais conforto, pois a tendência é que haja mais assertividade nas ações diante das ações propostas em um Plano Municipal de Turismo”, resumiu o presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MS), Marcelo Mesquita.
Além de contribuir com o desenvolvimento econômico da Capital, o Turismo estruturado, conforme previsto no documento, gerará impacto significativo para as micro e pequenas empresas.
“Atendemos um pedido de apoio para a construção do plano e estabelecer as ações foi um ponto fundamental que nos dirá muito sobre o futuro que iremos trilhar. O turismo mexe com muitos segmentos e por isto vai contribuir muito com o desenvolvimento dos pequenos negócios, que vai ao encontro do grande objetivo do Sebrae”, concluiu a gestora de Turismo da entidade, Isabella Carvalho Fernandes.
Ações da Fundtur
Ainda durante o lançamento do Plano Municipal de Turismo, a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), a Associação Brasileira das Agências de Viagens (ABAV-MS) , o do Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MS) e o Campo Grande Destination (antigo Convention & Visitors Bureau) assinaram um protocolo de intenções que prevê uma série de contribuições para desenvolver o turismo em Campo Grande.
As ações de cada uma das entidades, inclusive, estão alinhadas com o Plano Municipal de Turismo, mas devem ser colocadas dentro de 90 dias, ou seja, até o final deste ano.
A Fundtur, por exemplo, contribuirá com 28 ações. Entre elas está prevista a construção de política para captar eventos, gerar conteúdo com linguagem comercial, aplicar o Inventário Turístico no município e mantê-lo atualizado anualmente, gerar estratégia de comunicação direta com o campo-grandense sobre as peculiaridades e potencialidades mapeadas.
“Queremos fazer um alinhamento entre as políticas estaduais e municipais para que o turismo de Campo Grande se estruture cada vez mais, se consolide de fato e se torne então uma referência no turismo de negócios e eventos do estado”, ponderou o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling.
O Sebrae-MS, por sua vez, entre suas 15 ações , quer mapear o potencial turístico dos bairros, parques urbanos e áreas verdes do entorno da Capital.
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