Como estratégia para o desenvolvimento sustentável e a ampliação das áreas verdes, a prefeitura de Campo Grande vem investindo na manutenção de seis Planos de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (PRADAs). Uma equipe permanente da secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) trabalha para cuidar dessas áreas, que somam 17.550 metros quadrados de reflorestamento, com o plantio de 1.300 mudas.
O engenheiro sanitarista e ambiental da Divisão de Meio Ambiente da Sisep, João Gomes de Oliveira Neto, explica que as ações são determinadas a partir da avaliação da degradação ambiental existente no local. “Consideramos o tipo de degradação e o grau existente e, para cada situação, é definida a medida de recuperação. As ações definidas são apresentadas em um Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada elaborado por uma equipe técnica da Sisep”.
Para a implantação do PRADA é elaborado um projeto aprovado pela secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur). Segundo João Neto, os PRADAs são elaborados para recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP), que geralmente são áreas públicas às margens de córregos, nascentes e veredas.
Ele cita como um dos exemplos de trabalho realizado pela equipe no PRADA da nascente do córrego Coqueiro, na Rua Acrópole, que antes era um local de descarte irregular de resíduos e presença de espécies invasoras.
“As ações do PRADA consistiram na remoção dos resíduos sólidos, cercamento da área, plantio de mudas nativas, regularização de taludes e o seu monitoramento. Hoje é possível verificar a recuperação ambiental da área, com a presença de várias mudas nativas plantadas”, explica João Neto.
Agenda 2030 da ONU
Além de ser uma das capitais mais arborizadas do país, em recente levantamento do Centro de Liderança Pública (CLP) em que foram analisados 31 municípios do Centro-Oeste (17 de Goiás, 5 de Mato Grosso do Sul e 9 de Mato Grosso), Campo Grande está acima da média da região em ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU) e da ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa).
A nota média da ODS para a região Centro-Oeste é de 54,84 e a da ESG é de 52,52, e a Capital de Mato Grosso do Sul obteve 67,98 em ODS e 70,52 em ESG. As notas médias regionais foram menores que as notas médias gerais. No entanto, observa-se que cerca de 35,4% dos municípios da região, que corresponde a 11 municípios, possuem nota maior que a nota média ODS e ESG, e Campo Grande está em primeiro lugar entre os 11 municípios citados.
Conforme o levantamento, os maiores desafios no ano de 2023, para os 410 municípios analisados, em relação aos ODS permanecem sendo quanto ao desempenho nos indicadores que contribuem para as notas do ODS 10 – Redução das Desigualdades e do ODS 8 – Trabalho Decente e Desenvolvimento Econômico.
Campo Grande também sai na frente na nota ESG. Dos doze municípios melhor avaliados na Região Centro-Oeste, a Capital do Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar e saiu da 137º posição em 2021, para a 111ª em 2022 e 108ª neste ano, entre os 410 municípios avaliados. Na análise ESG, a dimensão de maior nota média entre os municípios da região Centro-Oeste é a de Governança.
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