O maior mapeamento das áreas de mata e florestas já feito no Brasil trouxe uma boa notícia para o meio ambiente: a Mata Atlântica está renascendo. Mas o estudo revelou também um dado preocupante: o desmatamento está avançando de forma acelerada em todo país.
O único país do mundo com nome de árvore está perdendo a guerra contra o desmatamento.
Em apenas 16 anos, o Brasil perdeu aproximadamente 190 mil quilômetros quadrados de florestas, o equivalente a quatro vezes o estado do Rio de Janeiro.
Destaque para os manguezais, berço e refúgio de várias espécies marinhas, a vegetação de mangue ficou 20% menor, principalmente na região Nordeste, por causa da expansão das cidades e dos aterros.
No Pantanal, o avanço das pastagens reduziu em 13% a área verde da maior planície alagada do mundo. No Cerrado, 66 mil quilômetros quadrados de vegetação que desapareceram. Três vezes o estado de Sergipe. Na Amazônia, uma área ainda maior: 170 mil quilômetros quadrados de floresta o equivalente ao território do Uruguai.
Legado ambiental
Na contramão de tanto desmatamento, o único bioma que registrou aumento da área verde foi a Mata Atlântica. Em 16 anos, ganhamos quase uma Bélgica de novas florestas. Destaque para os estados do Rio de Janeiro (18%), São Paulo (13%) e Paraná (11%). O maior volume de árvores nativas plantadas nos últimos anos ocorreu em uma área a 100 km do Rio. As árvores maiores foram plantadas há cinco anos. Na nova geração, as mudas foram plantadas há apenas um ano. É assim que nasce uma floresta.
Quatrocentas mil árvores já foram plantadas na reserva ecológica de Guapiaçu. A ONG que mantém o projeto já regenerou uma área equivalente a 250 campos de futebol onde antes havia terra degradada por pastos. O lugar virou refúgio de onças, numerosas famílias de porcos do mato e de quatis.
O projeto é de um inglês, apaixonado pela Mata Atlântica, que adotou o Brasil como país do coração. “Nós estamos deixando um legado ambiental para a nova geração”, diz o criador do projeto. Sementes que não são plantadas só na terra.
“Várias partes do nosso Brasil já estão sendo desmatadas e aonde a gente está tentando plantar mais, a gente está salvando”, conta uma participante do projeto.
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