Um evento repleto de emoções e na presença maçica de estudantes e professores das redes de ensino pública e privada da capital foi realizado no dia 28 de março para comemorar o aniversário de um ano do Bioparque Pantanal, considerado o maior aquário de água doce do planeta, o mais completo e grandioso laboratório de pesquisa da Ictiofauna Neotropical do mundo e o único aquário do país com controle de acessos e gerenciamento de sistemas automatizado.
O espaço foi construído pelo Estado no Parque das Nações Indígenas e vai além do lazer e do turismo. O empreendimento se consolida como um centro de pesquisa e conservação de espécies, acessível para todos. O Bioparque conta com aproximadamente 40 mil indivíduos, sendo 355 espécies de peixes, duas espécies de répteis e uma espécie de anfíbio. Além disso, o local dispõe de 239 tanques, onde a maioria é destinada exclusivamente para a pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.
A data também marcou o início da I Jornada de Pesquisa e Tecnologia do Bioparque Pantanal, que tem como tema “Sustentáveis, sociais, educacionais e inovação” e acontece até o dia 31.
Ainda durante a cerimônia, foi assinado o protocolo de intenções do “60 + Bioparque Pantanal”, projeto que prevê aulas de inclusão digital para pessoas acima de 60 anos. Segundo o projeto, monitores do Bioparque serão capacitados pelo Sesi/Fiems para ministrar o ensino. As aulas serão gratuitas na biblioteca do espaço, uma vez na semana.
Também foi lançado o “Integra Bioparque: consolidação e geração de pesquisas no Bioparque Pantanal”. A iniciativa, elaborada em parceria com a UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), visa fomentar a integração de estudos, por meio da indução de linhas de pesquisa e inovação em tecnologias sociais e sustentáveis, além de impulsionar o conhecimento científico e tecnológico gerado no Bioparque Pantanal.
Peixes Neotropicais
Representando o governador Eduardo Riedel, o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Arlei Caravina, participou do ato e celebrou a realização da I Jornada de Pesquisa e Tecnologia do Bioparque Pantanal.
"Mais do que um empreendimento de turismo, citado pela revista americana Time como algo inovador, mas também a questão científica, a pesquisa, a educação ambiental. Esse é o grande foco do Bioparque e os números alcançados demonstram que o caminho está correto", completou o secretário.
Para a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, os números revelam a consolidação do empreendimento. "Nós recebemos visitantes de 91 países, mais de 330 mil pessoas e 47 mil alunos. Além de proporcionar um lugar bonito, estamos agregando conhecimento, pesquisa e conscientização ambiental", comentou Maria Fernanda.
Foram feitas homenagens a servidores do Bioparque, autoridades, pesquisadores e professores. O diretor Fabiano Francisco Soares, da Escola Estadual Professor Henrique Ciryllo Corrêa, foi um desses homenageados. Muito aplaudido pelo público, o diretor foi responsável pelo primeiro grupo de estudantes que visitou o Bioparque.
Para a estudante Luciane Costa, de 16 anos, da segunda série do ensino médio, da Escola Padre Franco Delpiano, do bairro Nova Lima, o Bioparque é um espaço para o aprendizado. "É uma maneira de aprender, fora da sala de aula. Eu acho que vai acrescentar bastante. É uma experiência única."
Durante a solenidade, a diretora Maria Fernanda e o secretário Pedro Caravina inauguraram o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais. Até o momento, 38 espécies se reproduziram no Bioparque, sendo sete registros de reprodução inéditos para a Ciência e no mundo. Outros seis registros foram únicos no Brasil. Dentre o nascimento de espécies ameaçadas e inéditas destacam-se o cascudo viola e axololote, espécies ameaçadas que nasceram no Bioparque.
O Bioparque
A proposta do espaço aquático é ser orgânico, de experiência e conhecimento para todos. Para alcançar a sua proposta inicial tem atuado de forma transversal com as demais secretarias do Estado, instituições de ensino e com a iniciativa privada, por meio de projetos e ações conjuntas, parcerias técnico-científicas e intercâmbios de informações técnicas e boas práticas.
O empreendimento também promove projetos de pesquisas e conservação de espécies, valorizando a saúde e bem-estar animal, a cultura regional, o acolhimento dos visitantes, a inclusão social e a acessibilidade. Os pilares que sustentam as ações e projetos são: educação ambiental, pesquisa, conservação, inclusão, inovação, cultura e lazer.
Visitações: A visitação é gratuita e o funcionamento ocorre de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. Aos sábados das 8 às 12h. São ofertadas 2 mil vagas/dia (sendo 1.000 agendadas e 1.000 cadastro presencial - 10% destinado a turistas, 5% a pessoas com deficiência e 5% para idosos).
Números
• 19 mil m² de área construída;
• 5 milhões de litros de água;
• 239 tanques (31 de exposição, 1 de abastecimento, 1 de reuso de descarte de efluentes, 38 na quarentena e 168 voltados exclusivamente à pesquisa e conservação, bioeconomia e sustentabilidade);
• 358 espécies de peixes.
• Desde a abertura ao público recebeu mais de 329 mil visitantes de 91 países diferentes, incluindo todos os estados do Brasil (+ o DF) e de todos os municípios de MS.
• Recebeu a visita de 48 mil alunos, oriundos de mais de 700 escolas públicas e privadas do Estado.
• Conta com mais de 40 projetos de pesquisas em andamento, envolvendo pesquisadores doutores, especialistas, graduados e graduandos, que atuam em seu Núcleo de Pesquisa e Tecnologia (NUPTEC).
Acesse o Bioparque Pantanal
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