sábado, 18 de maio de 2024
MEIO AMBIENTE

Ações preventivas reduzem queimadas e outros crimes

08 JAN 2023 - 08h03Por REDAÇÃO

Mato Grosso do Sul registrou uma queda no registro de casos de grandes queimadas nas áreas verdes de Mato Grosso do Sul entre os anos de 2021 e 2022, reflexo do trabalho de prevenção e conscientização realizado pelo Governo do Estado no período. A redução abrupta pode ser constatada nos números divulgados pela PMA (Polícia Milita Ambiental).

Braço da Polícia Militar que trabalha na prevenção de crimes ambientais e fiscalização do setor, a corporação aplicou durante o ano passado 1.038 autos de infração, somando R$ 23,6 milhões em multas ambientais nesse período.

Comparando 2022 a 2021, houve redução do total de autuações e significativa queda no valor das multas - a diminuição chegou a 56%, já que no ano retrasado as multas somaram R$ 53,2 milhões, em um total de 1.265 autuações.

"O valor de multas depende muito dos tipos de infrações. Como, por exemplo, no caso de poluição. As multas aplicadas podem ser de R$ 5 mil e chegar a R$ 50 milhões, dependendo do grau de danos causados e avaliados pelos policiais no momento da autuação", explica o tenente-coronel Ednilson Queiroz, chefe da Comunicação da PMA.

Controle dos incêndios: policial ambiental age no trabalho de rescaldo. Foto: Divulgação/Pma

Investimentos

Queiroz também frisa que os valores maiores em 2021 se devem às várias infrações de grandes áreas queimadas, com valores de multas muitos altos, as quais foram reduzidas em 2022, ano em que a PMA colocou em ação da Operação Prolepse, que preveniu incêndios urbanos e rurais.

"Quando se comparam 2022 a 2020, os valores foram semelhantes", comenta, indicando que em 2021 houve duas multas referentes a grandes incêndios florestais que somaram aproximadamente R$ 38 milhões, elevando os valores daquele ano.

Predominam entre as infrações crimes contra a flora, relativos à pesca, poluição do ambiente e fauna - as demais infrações são referentes ao transporte irregular de produtos perigosos, contra o ordenamento urbano e a administração ambiental.

Aliado a esse trabalho de campo, o Governo do Estado se mobilizou para prevenir os incêndios, incluindo desde estudos específicos do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) para prever os períodos de maior probabilidade de surgimento de mais focos, até o investimento de R$ 56 milhões em equipamentos e recursos humanos necessários.

Com uso até de aviões, adquiridos pelo Estado, foi possível que as equipes do Corpo de Bombeiros e demais instituições envolvidas no trabalho florestal combatessem as chamas, evitando o alastramento delas. A redução de áreas afetas no Cerrado foi de 83%, no período crítico de seca, enquanto no Pantanal, foi de 61%, comparando ao mesmo período em 2021.
 

Leia Também

Relatos de viagem

A decoada, o armau e história de pescador no Pantanal do Nabileque

Mais Relatos de Viagem

Megafone

O meio ambientalismo nunca preocupou-se com o meio ambiente. Suas ações são histéricas ou fanáticas em defender interesses inconfessos

Armando Arruda Lacerda, pantaneiro

Vídeos

As 10 cidades mais ricas em espécies de aves

Mais Vídeos

Eco Debate

PAULO DE GODOY

Os desafios da sustentabilidade da jornada de dados para IA

ARMANDO ARRUDA LACERDA

Pantaneiros informam: respeitar não é idolatrar animais

FREDERICO BUSSINGER

Água, chuvas, enchentes: Lições aprendidas e a aprender