A conservação da riqueza hídrica de Bonito e região cada vez mais requer rigorosa fiscalização por parte dos órgãos ambientais. A pressão sobre os rios de águas cristalinas não se resume apenas à expansão da agricultura, sobretudo a soja. Proprietários de áreas lindeiras têm sido constantemente criminalizados por danos à natureza, desde desmatamentos, desvios de rios, construções nas margens a até sobrecarga de visitações em atrativos.
No dia 6 de abril, a Polícia Militar Ambiental (PMA) determinou a suspensão da construção de um açude com aproximadamente três mil metros quadrados na beira do Rio Formoso, um dos principais afluentes da bacia do Rio Paraguai. O proprietário, que não teve o nome divulgado (?), foi autuado administrativamente (multa de R$ 19 mil) e terá que recuperar o dano ambiental, conforme exige a legislação. Mas será que a medida será cumprida?
O dono do lugar, além de descaracterizar o ambiente e desrespeitar a faixa de proteção de 150 metros da margem, não se preocupou com a construção de uma barragem que pudesse evitar o carreamento de sedimentos para o rio em caso de transbordamento ou rompimento do açude. Esse tipo de crime ambiental tem sido constante na região. Alguns proprietários tem mais se preocupado com seu lazer e valorização do imóvel do que com o respeito ambiental.
Alerta
Em nota, a PMA ressaltou a importância de observar a legislação antes de realizar qualquer intervenção ambiental, especialmente em ambientes sensíveis, como o de Bonito. “Estamos disponíveis para dialogar e fornecer orientações sobre a lei ambiental, como ocorreu durante as ações em comemoração ao Dia Mundial da Água”, informou o órgão. O referido evento contou com a participação do trade turístico e proprietários rurais da região.
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