Fundamentais à manutenção da biodiversidade ambiental e à produção de alimentos, pois exercem função de agentes polinizadores de plantas nativas ou cultivadas, as abelhas estão desaparecendo num ritmo acelerado. Para debater o fenômeno, a Embrapa Meio-Norte está trabalhando para realizar de 3 a 5 de outubro deste ano, em Teresina, o Simpósio sobre Perda de Abelhas no Brasil.
O evento, o primeiro a ser desenvolvido no Nordeste brasileiro, vai discutir as principais causas de perdas de enxames de abelhas sociais, consequências e estratégias para reverter a situação. A programação prevê a participação de pesquisadores de destaque no Brasil e em outros países.
Efeitos nocivos
É pensamento também da coordenação do simpósio realizar uma oficina para elaboração de propostas de projetos de pesquisa vinculadas ao arranjo Conservação e uso sustentável dos recursos genéticos de abelhas em agroecossistemas e impactos no agronegócio brasileiro.
O pesquisador Bruno Souza lembra que o desaparecimento das abelhas vem preocupando especialistas, organizações governamentais e não governamentais em todo o mundo. Segundo ele, problemas como a perda de enxames têm sido relatados por produtores de mel em todo o País.
As causas mais citadas são: ataque de inimigos naturais; uso indiscriminado de agrotóxicos; mudanças climáticas; desmatamento e fragmentação das matas e florestas.
Colapso de colônias
As abelhas estão entre os principais polinizadores do planeta. Sua extinção pode ameaçar também a sobrevivência do homem. Em algumas partes do mundo, estudiosos do assunto já confirmam a redução de colônias entre 40% e 75%, indício de que todas as espécies estão ameaçadas.
Cientistas classificam o fenômeno da redução dessas populações de desordem de colapso da colônia (colony collapse disorder), significando sérios prejuízos para a biodiversidade, a produção de alimentos e a economia em geral.
Polinizadores, como as abelhas e outros insetos e animais, representam um dos mecanismos essenciais à manutenção e promoção da biodiversidade no planeta, pois é somente após a polinização que as plantas formam frutos e sementes, fontes da sua própria reprodução.
De acordo com pesquisadores, mais de 75% das espécies agricultáveis que alimentam o mundo e muitas das plantas utilizadas pela indústria farmacêutica dependem da polinização para produzir frutos e sementes. Além disso, a manutenção da diversidade de polinizadores contribui para a manutenção da diversidade de alimentos e a qualidade de vida, em todos os seus estágios.
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