quinta, 18 de abril de 2024
CRISE HÍDRICA

Sanesul opera em alerta na captação de água de rio

05 NOV 2021 - 10h33Por SÍLVIO DE ANDRADE

Com a crise hídrica, que atingiu principalmente o Pantanal, a Sanesul (Empresa de Saneamento de MS) implantou deste o ano passado um plano de contingenciamento onde foram identificados 18 municípios que exigem uma atenção maior quanto a produção e garantia no abastecimento da população com água. Destas cidades, 14 são atendidas com captação superficial (dos rios) por meio de bombeamento para as estações de tratamento.

Em Corumbá e Ladário, banhadas pelo Rio Paraguai, a empresa vem monitorando diariamente o comportamento dos índices fluviométricos, que chegaram a um nível crítico, e tomou medidas preventivas no sentido de garantir que não ocorra interrupção no abastecimento de água em qualquer situação de alerta. Uma balsa com cinco motobombas anfíbias foi colocada ao lado da estrutura de captação de água de Corumbá pra eventual emergência.

Controle diário

O diretor-presidente da Sanesul, Walter Carneiro Junior, explicou que em caso do sistema de captação de água perder a capacidade de bombeamento, a um nível zero das escotilha fixas, as motobombas serão acionadas para, por meio de mangotes (mangueiras), abastecer a base da estrutura que recebe e lança a água bruta para as estações de tratamento. Estas ficam situadas a 2.600 metros da captação e a um nível de 80 metros em relação ao rio.

Com uma população de 115 mil habitantes, Corumbá depende 100% do bombeamento de água bruta do rio

“A crise hídrica exigiu da companhia planejamento, execução e operação para garantir o abastecimento, em especial em Corumbá, onde o Rio Paraguai ainda não entrou em recomposição de seus níveis normais, o que demandará um volume muito grande de chuvas, principalmente em suas cabeceiras”, disse Walter Junior. “Estamos em atenção especial, durante 24h, nas regiões onde desenvolvemos o plano de contingenciamento”, afirmou.

Pouca chuva

As condições hídricas na bacia do Rio Paraguai continuam críticas devido o baixo volume de chuvas, com um acumulo de 27,7 milímetros na última semana de outubro. O nível do rio na régua de Ladário (referência no monitoramento hidrológico) continua em declínio (-0,19cm, na quinta-feira), com previsão de voltar a subir na última semana de novembro e atingir a marca positiva de 0,28cm.

Segundo o Sistema de Alerta Hidrológico, do Ministério de Minas e Energia, o valor do nível de água do Rio Paraguai em Ladário chegou a -0,60cm, no dia 16 de outubro, a segunda menor vazante na série histórica de dados da estação em 121 anos. Mesmo com a tendência de elevação do rio, o nível continua na zona de atenção (abaixo da cota de permanência de 90%). Em Cáceres, estimativa de subir para 0,70cm tanbém no final de novembro.

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