sexta, 29 de março de 2024
PANTANAL

Revista publica artigo com estudo da Lagoa Uberaba

16 AGO 2019 - 06h05Por REDAÇÃO

A revista “Journal Geomorphology” acaba de publicar artigo sobre as mudanças ambientais na Lagoa Uberaba – localizada no Pantanal de Corumbá (MS) – e que tem entre seus autores o professor Aguinaldo Silva, do curso de Geografia do Campus do Pantanal (CPAN) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

O artigo “Fluvio-lacustrine sedimentary processes and landforms on the distal Paraguay fluvial megafan (Brazil)” reúne também pesquisadores das Universidades de Kentucky/EUA, Embrapa Pantanal e Unesp de Rio Claro, e é resultado da dissertação de mestrado do acadêmico Edward Lo, desenvolvido na Universidade de Kentucky, e que teve o professor Aguinaldo Silva como co-orientador da dissertação.

Iniciado em 2015, o primeiro estudo da Lagoa Uberaba, que fica situada na fronteira com a Bolívia e na divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, foi publicado este ano na revista Geomorphology. Processos de deposição de sedimento foram alvos deste estudo na margem do megaleque fluvial do Rio Paraguai. no município de Cáceres (MT).

Maior lago da planície

De acordo com os pesquisadores, o Lago Uberaba é o maior lago do Pantanal em área e é melhor caracterizado como um lago cheio de águas rasas. Ele integra a reserva da tribo Guató, os índios canoeiros do Pantanal.

“A Lagoa Uberaba foi selecionada porque se destaca como o maior lago em área superficial na planície pantaneira e único em quantidade de canais que desaguam neste corpo d’água. A geologia e limnologia do lago foi levantado através de imagens de satélite, química da água, e sedimentos de fundo e em testemunhos sedimentares durante dois trabalhos de campo, explica o professor Aguinaldo.

Os estudos mostraram que a Lagoa Uberaba é mais funda próximo à margem Sul, tem uma química diluída, e permanece aberto durante todo o ano. Os rios que desaguam na Lagoa Uberaba são os principais fatores a influenciar a sua composição, mistura, acumulação, e organização de sedimento.

“Os testemunhos revelam que existe silte arenoso e areia, ambos oxidados, abaixo dos depósitos lacustres atuais, assim sugerindo que o fundo do lago recentemente secou e ficou exposto. Lago Uberaba é uma bacia lacustre, rasa, e sobrecarregada de sedimento com um sistema deposicional influenciado pela hidrologia aberta, densidade de canais fluviais nas margens, e pouco relevo próximo ao lago”, completa.

Segundo Aguinaldo, as investigações contribuíram para a compreensão das feições lacustres em áreas de megaleque distal, assim adicionando mais resultados para entender as paisagens fluviais.

O artigo pode ser conferido no link abaixo:

https://www.sciencedirect.com/journal/geomorphology/vol/342/suppl/C

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