quinta, 18 de abril de 2024
PANTANAL

PMA coordena expedição às comunidades tradicionais

13 DEZ 2020 - 21h19Por REDAÇÃO

Há cinco anos, a Polícia Militar Ambiental (PMA) e várias instituições realizam expedição de educação ambiental com as comunidades ribeirinhas no Pantanal, especialmente as comunidades indígenas, em Corumbá. Neste ano, de 7 a 11 de dezembro, foi realizada mais uma atividade, com a coordenada da PMA e Instituto das Águas da Serra da Bodoquena (IASB) e participação da atriz Cristiana Oliveira.

Foram atendidas as regiões e comunidades tradicionais do Castelo, Paraguai Mirim, São Francisco, Amolar, Barra de São Lourenço e aldeia indígena dos Guató.

A expedição realizada com a embarcação de grande porte da PMA objetiva a proporcionar educação ambiental, assistência social, fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e tutela jurídica em matéria de direitos trabalhistas e previdenciários.

Participaram ainda as seguintes instituições:  Ministério Público do Trabalho (MPT 24ª Região), Tribunal Regional do Trabalho (TRT 24ª Região), Escritório Modelo de Assistência Jurídica da Faculdade de Direito da UFMS (EMAJ/UFMS), PrevFogo IBAMA, Instituto SOS Pantanal, ECOA, e Instituto Acaia Pantanal. Presentes também o Exército Brasileiro e o Grupo de Policiamento Aéreo de Mato Grosso do Sul, por meio de seu helicóptero “Hárpia”.

Ações preventivas

“Caracterizada por seu importante papel na proteção e conservação do meio ambiente, por meio da prevenção, repressão e fiscalização, a PMA vê na educação ambiental uma forma de envolver e sensibilizar a população na defesa das questões ambientais, com consequente diminuição das infrações e crimes ambientais, destaca o capitão Diego, Comandante da Cia PMA Corumbá e coordenador geral da expedição.

Sem a pesca e enfrentando seca rigorosa no Pantanal, ribeirinhos reeberam cestas básicas: situação delicada

Considerando as peculiaridades das atividades dos ribeirinhos na coleta de iscas, a atuação do Ministério Público do Trabalho (MPT) se deu na destinação, sensibilização e utilização de Equipamentos de Proteção Individual para a prevenção de acidentes e doenças, explicou a procuradora do trabalho Rosimara Delmoura Caldeira.

Para o desembargador João de Deus, “a educação é o menor percurso para se reduzir as desigualdades sociais e o instrumento de propulsão de desenvolvimento de uma nação a longo prazo”.

Desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de atendimentos jurídicos na área dos direitos previdenciários e trabalhistas é proporcionar acesso à Justiça e o mínimo existencial às comunidades tradicionais do Pantanal Sul, além de contribuir com a formação humanizada dos acadêmicos da Faculdade de Direito da UFMS, diz o professor Aurélio Briltes.

Um pouco de esperança

Foi providenciada pelo IASB a distribuição e plantio de mudas de vegetação nativa, distribuição de computadores para as escolas, vestuário, brinquedos e materiais para as brigadas voluntárias de combate a incêndios, incluindo a distribuição de 120 cestas básicas ofertadas pelo Instituto SOS Pantanal, Grupo Mil pelo Planeta e Yoga pelo Pantanal.

Para o IASB o fato de as escolas não estarem funcionando devido à pandemia fez com que as ações desta edição fossem direcionadas às comunidades, levando esperança e informação às famílias, além de equipamentos para melhoria do ensino dos alunos ribeirinhos e para o combate aos focos de incêndio na região.

O IBAMA/PrevFogo/MS representado pelo supervisor de brigadas, Idmar Rocha, participou com palestras sobre prevenção e combate aos incêndios florestais e distribuição de panfletos informativos sobre a formação de brigada voluntária, deixando como reflexão: “prevenir sempre e combater quando necessário. O meio ambiente agradece”.

A atriz Cristiana Oliveira destacou que além da fauna, muitas comunidades indígenas e ribeirinhas sofrem com os efeitos da seca e das queimadas, ressaltando, assim, a importância da expedição num momento muito desolador.

Ao todo foram atendidos 402 ribeirinhos. Na ocasião, a PMA e o IASB distribuíram a edição 2021 do Calendário de Educação Ambiental no Pantanal, ilustrado com desenhos dos alunos pantaneiros. Este material é distribuído gratuitamente e tem o objetivo de valorizar as escolas pantaneiras, seus professores e chamar a atenção para conservação do Pantanal. Por fim, foram providenciados todos os protocolos de biossegurança diante da COVID19 para realização das atividades.

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