O Bioparque Pantanal, complexo instalado no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, tem mais uma novidade desde novembro para quem visitar o local. O tanque Rios Grandes recebeu novos habitantes e um pintado de 1,30 metro se destaca entre os novos moradores.
Adriano, nome de batismo em homenagem a seu doador, tem cerca de 30 quilos e chegou ao maior complexo de água doce do mundo acompanhado de mais um pintado, duas cacharas e um dourado de 80 centímetros – espécies nobres da bacia do Rio Paraguai.
Conhecido como tanque dos gigantes, o espaço já se destacava pela presença de três pirarucus, animal que pode atingir os três metros e pesar entre 100 e 200 quilos, a jaú Maria Fernanda, com mais de 20 quilos, e um pintado.
De acordo com o biólogo e curador do bioparque, Heriberto Gimenez Júnior, as espécies desse tanque têm comportamento territorialista, ficaram em quarentena por um período e foram soltos na nova morada respeitando o tamanho de cada um, primeiro os maiores.
Universo ambiental
Ainda segundo o profissional, o ponto turístico já está com 90% da capacidade total de peixes. “Acreditamos que até o final deste ano chegaremos em 100%”.
Para a diretora do complexo, Maria Fernanda Balestieri, a chegada dos novos exemplares é um atrativo a mais para os visitantes, não são só no que diz respeito a contemplação, mas na informação ambiental envolvendo a preservação das espécies.
“Destacamos o pilar conservação para todos os públicos, buscando conscientizá-los sobre a importância de cada animal na natureza e de que forma podemos contribuir para que a biodiversidade seja mantida”, disse.
O habitat dos gigantes no bioparque representa rios profundos e mais volumosos com uma variedade de ambientes capazes de abrigar espécies de grande porte.
Respeitar a piracema
O Bioparque Pantanal destaca também o período da piracema (período de reprodução da ictiofauna) e a importância de respeitar a paralisação da pesca nos rios. O defeso teve início no dia 5 de novebro e segue até 28 de fevereiro de 2023, em Mato Grosso do Sul.
Biólogo e curador do Bioparque Pantanal, Heriberto Gimenêz Júnior explica que esse é um momento em que os peixes ficam mais vulneráveis à captura.
“A piracema consiste na subida dos peixes para a reprodução, muitas espécies podem se deslocar mais de dois mil quilômetros acima dos rios para poder desovar”, diz o profissional.
Segundo ele, nesse período os animais passam por uma série de transformações hormonais, onde as fêmeas, durante a subida, e os machos produzem os seus gametas para conseguir consolidar a reprodução.
“Peixes de pequeno e grande porte sobem os rios em diferentes direções, rumo as nascentes para conseguir finalizar o ciclo através da desova. Por esse motivo a pesca atrapalha a subida, acarretando na captura de matrizes que serão fundamentais para a reposição dos animais no ano seguinte”, enfatiza Heriberto.
Para a diretora-geral do bioparque, Maria Fernanda Balestieri, respeitar o período de defeso é um “comprometimento com a manutenção das espécies e a conservação ambiental, um dos pilares do complexo”.
Saiba mais: bioparquepantanal
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