Censo encomendado pelo Ministério do Turismo mostra que o Brasil tem uma oferta de 31.299 meios de hospedagem. No total, o país está pronto para acomodar 2,4 milhões de pessoas simultaneamente nos quartos disponíveis.
A capacidade de hospedagem nas capitais do Centro-Oeste deu um salto de 31% nos últimos cinco anos. A região, que abrigou duas sedes da Copa do Mundo (Cuiabá e Brasília), teve o número de leitos ampliado de 58,6 mil para 76,6 mil, segundo o censo da oferta de hospedagem divulgado hoje pelo Ministério do Turismo.
A região concentra 10,9% de toda a oferta hoteleira do país com 261,6 mil leitos disponíveis em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Brasília, no comparativo com as demais capitais do país, tem a terceira maior oferta de leitos e, no Centro Oeste, o maior número de estabelecimentos, 279.
Em seguida, aparece Goiânia, com 17 mil leitos em 174 meios de hospedagem. Campo Grande e Cuiabá têm respectivamente, 10,8 mil e 9,4 mil leitos de hotéis, pousadas, motéis, flats, albergues entre outros.
Megaeventos
“Os dados indicam que houve um crescimento expressivo na oferta dos meios de hospedagem no Brasil com o ciclo de megaeventos. Além da abertura de novos hotéis, registramos a reforma e ampliação de estabelecimentos que já estavam em funcionamento”, destacou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
“Esse é um legado que temos de trabalhar para movimentar a economia do país. Os hotéis e similares são tipos de estabelecimentos imprescindíveis para o desenvolvimento do turismo”, completou.
Cuiabá (MT), embora tenha ampliado o número de leitos, manteve, com 94 unidades, o mesmo patamar de número de empreendimentos de 2011, quando o IBGE realizou o primeiro levantamento a pedido do MTur. Em Brasília, o crescimento, em termos de quartos (UH) e número de leitos, foi motivado principalmente pela ampliação da capacidade instalada existente há cinco anos atrás, segundo o estudo.
São Paulo lidera
O estudo, encomendado pelo Ministério do Turismo ao IBGE, mostra que o Brasil tem uma oferta de 31.299 meios de hospedagem, sem considerar o aluguel de imóveis por temporada ou casas de parentes e amigos. No total, o país está pronto para acomodar 2,4 milhões de pessoas simultaneamente nos quartos disponíveis.
O levantamento revela que houve um crescimento de 71% na oferta de leitos nas capitais do Brasil de 2011 a 2016. De acordo com especialistas, o salto foi impulsionado pelo ciclo de megaeventos, com a Copa do Mundo e Olimpíada.
São Paulo é o estado que concentra o maior número de meios de hospedagem. Com 507.412 leitos nos vários municípios, é responsável por 21% de toda a oferta nacional. Os quatro estados da região Sudeste respondem por 43,1% do total de leitos do Brasil.
“O censo dos meios de hospedagem é fundamental para as diversas esferas de governo planejarem as políticas de turismo para os próximos anos. O mercado também tem nesta pesquisa importantes dados para ajudar os empreendedores a tomarem decisões acertadas”, comentou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
Entre capitais
O último levantamento desse tipo foi feito em 2011 apenas com as capitais e regiões metropolitanas. Na ocasião, foram listados 5.036 meios de hospedagem em todas as capitais. Incluindo as regiões metropolitanas, o número subiu para 7.479. No censo atual, a quantidade de estabelecimentos de hospedagem apenas nas capitais brasileiras saltou para 5.791, um crescimento de 15%.
Entre as capitais que registraram o maior aumento proporcional na oferta de meios de hospedagem, destaca-se Belém. A maior cidade do Pará, registrou um salto de 51% de 2011 para 2016, período em que o número de estabelecimentos preparados para receber os visitantes saltou de 93 para 141.
A publicação técnica do IBGE, responsável pelo censo, destaca a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo de Futebol (2014) e os Jogos Olímpicos (2016) como importantes indutores do desenvolvimento dos meios de hospedagem.
Avaliação
“Os grandes eventos internacionais realizados no Brasil nos últimos cinco anos exigiram expressivos investimentos em infraestrutura, como a construção de novos estádios e reforma dos existentes, a ampliação e reaparelhamento de aeroportos e melhoramento da mobilidade urbana. Complementarmente, o setor hoteleiro também investiu em novas construções e ampliações de suas instalações”, explica o resumo técnico do IBGE.
A pesquisa foi realizada em hotéis, motéis, flats, pousadas, entre outros. Não foram considerados o aluguel de imóveis por temporada ou casas de parentes e amigos.
De acordo com o Estudo da Demanda Turística Internacional – pesquisa realizada com mais de 37 mil visitantes internacionais em 2016–, o alojamento foi bem avaliado por 95,7% dos entrevistados. Entre 16 itens avaliados na pesquisa, os meios de hospedagem são o segundo mais bem avaliados, só perdem para a hospitalidade do brasileiro, com 98% de aprovação.
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