O setor turístico de Mato Grosso esteve reunido para o 1º Workshop do Turismo de Pesca Esportiva em Mato Grosso, em Cuiabá. O evento buscou debater o panorama da pesca esportiva no Estado e iniciar uma melhor organização do setor, com o propósito de também adotar a cota zero, seguindo medida adotada em Mato Grosso do Sul.
A continuidade da atividade preocupa o Governo de Mato Grosso. “Há uma migração da pesca depredatória para a pesca esportiva e isso é bom. Mas atualmente estamos perdendo turistas deste nicho porque começa a ter falta de pescado, por isso é tão importante debatermos a lei da pesca”, informou Jefferson Moreno, secretário adjunto de Turismo de Mato Grosso.
O presidente da Federação de Pesca Esportiva e Turismo Sustentável em Mato Grosso (Fepestur), Tarso Ricardo Lopes, concorda com a legislação que está sendo debatida na Assembleia Legislativa e prevê a proibição da pesca por cinco anos. “Somos favoráveis porque é preciso recuperar os rios e o pescado. Se não tiver peixe, não tem turista para pesca esportiva”, afirmou.
Lopes contou que a federação reúne empresários de pousadas, barcos hotéis e restaurantes especialmente da região do Pantanal que investem na pesca esportiva. “Nós vivemos o Pantanal e sabemos os problemas que atingem o bioma. Temos uma preocupação muito grande com a falta de pescado e também com o lixo, que está acabando com os rios”, frisou.
Há poucos números sobre o turismo de pesca esportiva no País e em Mato Grosso. Segundo a Seadtur, o Estado recebe cerca de 80 mil pessoas por ano com a carteira nacional de pescador e cerca de 10 mil com a carteira estadual, expedida pela Seretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
“Este evento foi o pontapé inicial para traçarmos o perfil do turista de pesca e impacto sócio econômico trazido por esse segmento para Mato Grosso”, reforçou o secretário adjunto Jefferson Moreno.
O secretário executivo de Meio Ambiente da Sema, Alex Marega, afirmou que a pesca esportiva causa menos danos que a depredatória. “Causa algum dano, mas não acaba com o recurso pesqueiro e é mínimo em relação à grande quantidade de peixes que se renovam no estoque quando há uma restrição de retirada”, explicou.
Ele disse ainda que atualmente a pesca não é proibida em Mato Grosso, mas que as pessoas que querem exercer esta atividade precisam se cadastrar e há uma cota específica para profissionais e amadores, além de fiscalização.
Leia Também
O fazer da viola de cocho chega às escolas
SUSTENTABILIDADE DA PESCA ESPORTIVA NO PANTANAL EM DESTAQUE
Campo Grande é Cidade Árvore do Mundo
APA do Guariroba inicia plantio de mudas nativas
IMASUL ATESTA: 87% DOS RIOS DE MS TÊM ÁGUA DE QUALIDADE ÓTIMA OU BOA