Gestores, entidades de classe e presidentes dos conselhos de turismo dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul se reuniram em Campo Grande para conhecer mais sobre o sistema estadual que vai classificar as cidades de acordo com o seu potencial turístico.
O evento promovido pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) é mais uma etapa do programa de classificação turística do Estado, cujo mapa deixará de ter uma concepção política para retratar tecnicamente as vocações, os destinos e a infraestrutura de cada lugar.
Na oportunidade, a Fundtur lançou a segunda etapa do Programa de Classificação Turística do MS. Por meio de ferramenta online todos os 79 municípios terão uma radiografia objetiva e saberão qual nível de desenvolvimento se encontram. Para a Fundação de Turismo será um diagnóstico importante para a melhor tomada de decisões
Atualmente, o turismo em Mato Grosso do Sul é distribuído por onze regiões ou polos, mas nem sempre algumas localidades estão qualificadas para promover atividade. Algumas regiões em potencial, segundo o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, necessitam de apoio técnico para se desenvolver. O novo ordenamento cumpre normas do Ministério do Turismo.
Tomada de decisões
Mato Grosso do Sul caminha para ser um dos poucos estados do País a ter um mapa turístico completo. “Essa classificação em quatro níveis é importante para saber o potencial turístico de cada cidade e poderá ser usado na tomada de decisões de projetos e investimentos, como nos editais de apoio a eventos geradores de fluxo turístico”, disse ele.
“Além disso – acrescentou -, o sistema poderá ser usado como critério para a renovação do Mapa Turístico Brasileiro. Por isso é importante que cada município faça a sua parte para evoluirmos nesse projeto”.
Ex-diretora presidente da Fundação de Turismo estadual e atual gestora da área em Campo Grande, Nilde Brun, destaca que o Programa de Classificação Turística é essencial para que os municípios se conheçam e entendam o processo de desenvolvimento de políticas públicas.
“Muitas vezes a cidade não sabe por onde começar e por aí ela começa a entender e focar em ações que vão nortear os próximos passos”, afirma, ao ressaltar que o ponto principal é que o município “faça o dever de casa”.
Dever de casa
A piscicultura é uma atividade que o município de Aparecida do Taboado vê como oportunidade de alavancar o turismo de negócios e desenvolvimento econômico. Jary Augusto Silva, gestor municipal de turismo e presidente do fórum de secretários de turismo do Estado, conta que há anos a cidade realiza ações para crescer nessa área.
“Aparecida do Taboado tem um conselho ativo e diante do fomento da piscicultura na cidade, trabalha para criar eventos voltados à cadeia produtiva”, explica. Este ano o governo do Estado fechou parceria com a GeneSeas, que vai investir para ampliar sua atuação no município que pode chegar a ser líder nacional na produção de tilápia.
O dever de casa também é feito em Miranda, cidade pantaneira com grande atrativo turístico e que recebe centenas de visitantes anualmente. Representantes do turismo, Priscila Alonso Figueiredo e Dionatan Miranda, participaram da reunião e destacaram a importância das ações feitas pelo Estado.
“O trabalho do governo ajuda principalmente no apoio técnico para diagnóstico de necessidades e para nortear as ações que devem ser feitas por nós”, diz Priscila ao ressaltar que é importante ter a Fundtur-MS mais próxima dos municípios.
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