terça, 29 de abril de 2025
SERRA DO AMOLAR

IHP apoia investigação para apurar autoria de incêndio

09 OUT 2024 - 10h44Por REDAÇÃO

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que gerencia cinco unidades de conservação no corredor de áreas protegidas na Serra do Amolar, Pantanal de Corumbá, divulgou nota contrapondo o posicionamento do Ministério Público Estadual em matéria divulgada pelo jornal Correio do Estado (Campo Grande) e republicada aqui no LUGARES, em relação a suposta origem do fogo que destruiu milhares de hectares, em janeiro deste ano. A investigação do MPE aponta responsabilidade do sinistro para a ong Ecotrópica.

“O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) tem a segurança técnica em afirmar que não teve responsabilidade neste desastre, o que ficará comprovado nos laudos técnicos e testemunhas do fato citado. Reforça o compromisso de agir a favor da verdade e conservação do Pantanal, buscando medidas eficazes para atuar a favor da proteção da biodiversidade”, afirma o comunicado da Ong sediada em Corumbá. “O compromisso do IHP em atuar a favor da conservação, na prevenção e melhoria no combate aos incêndios florestais no Pantanal é permanente”, complementa.

A nota divulgada pelo IHP:

“A favor da verdade e conservação do Pantanal

 Em função de matéria tornada pública nesta data, em que destaca a reabertura de inquérito do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP: 06.2024.00000170-1) para apurar a AUTORIA de incêndio registrado na região da Serra do Amolar, entre janeiro e fevereiro deste ano, o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) tem a segurança técnica em afirmar que não teve responsabilidade neste desastre, o que ficará comprovado nos laudos técnicos e testemunhas do fato citado. Reforça o compromisso de agir a favor da verdade e conservação do Pantanal, buscando medidas eficazes para atuar a favor da proteção da biodiversidade. O registro de incêndio gera graves prejuízos à natureza, econômicos e à saúde das pessoas.

O IHP reafirma que não faz manejo de fogo por si próprio de forma alguma. Além disso, tem atuação na região da Serra do Amolar com a gestão de cinco Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) e que executa com total zelo a gestão das áreas próprias e da Ecotrópica (Fundação de Apoio à Vida nos Trópicos) através de um Termo de Parceria. Para contribuir no trabalho de prevenção e combate a incêndios florestais, o IHP mantém uma brigada permanente nesse território, que atua 12 meses do ano. Além disso, utiliza o sistema Pantera, o mais moderno do mundo, que utiliza inteligência artificial, para identificar - em 3 minutos - locais que mostram o fogo em seu princípio, aumentando a eficácia no tempo de resposta e ampliando as chances de se evitar a propagação das chamas.

O sistema Pantera, por exemplo, atua 24 horas por dia, 7 dias da semana e permite que haja uma identificação de princípio de fogo, com localização geográfica precisa da origem com data e hora, em um tempo de resposta de até 3 minutos, período bem mais breve que os satélites – que demoram mais de 12 horas para informar um registro.

O compromisso do IHP em atuar a favor da conservação, na prevenção e melhoria no combate aos incêndios florestais no Pantanal é permanente. A ocorrência de incêndios no Pantanal, para o IHP e a sociedade, representa em danos de diferentes formas. Por conta dos objetivos que o IHP possui, que é de ser um agente da sociedade civil organizada atuando diretamente pela conservação, e não ser uma entidade fiscalizadora, o trabalho do Instituto acaba tendo também caráter interinstitucional. Por isso mesmo, esse mesmo sistema Pantera teve fornecimento gratuito para uso do Ministério Público Estadual a partir de julho de 2024, bem como para a Polícia Federal, Ibama e Corpo de Bombeiros, como apoio e reforço no trabalho de averiguação da fiscalização. 

O incêndio florestal registrado na região da Serra do Amolar, iniciado no final de janeiro de 2024, acabou propagando-se e atingiu uma área de 1.289,67 hectares, conforme mensuração realizada pela Polícia Miltar Ambiental e o MPMS. O caso gerou impacto negativo direto para o IHP, para a sociedade civil, para os cofres públicos, com destruição de vegetação nativa, empenho com ações emergenciais no combate direto por parte da brigada permanente mantida pelo IHP e agentes do Ibama/Prevfogo para evitar que o fogo fosse ainda mais longe, além de engajamento de aeronaves por parte dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul para reforçar as ações de combate.

O IHP, gestor das áreas da Ecotrópica, deseja a devida apuração para identificar e responsabilizar a AUTORIA desse fogo, que se transformou em um incêndio florestal. Cabendo ao MPMS, além da Nota Técnica do Núcleo Ambiental do órgão fiscalizador, a devida apuração para identificar se foi um ato criminoso ou acidental. Em tempo, o IHP reforça a urgência das ações de educação ambiental com o intuito de agir de forma preventiva contra os incêndios e o uso racional do fogo.”

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