O número de animais mortos por atropelamento no mundo ao tentar cruzar estradas e rodovias, todos os dias, é assustador.
Só no Brasil, segundo o Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), 15 deles perdem a vida nessa situação a cada segundo. Por dia, o número chega a quase 1,3 milhão. E por ano, o resultado final fica próximo de 475 milhões.
E esse é um problema que acontece também dentro de cidades, no perímetro urbano, geralmente, próximo a parques e rios, onde há vida selvagem.
Para reduzir o número de atropelamentos de capivaras em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a prefeitura decidiu pintar ‘capifaixas‘ próximo à Lagoa Maior, local onde vivem muitos animais dessa espécie. Só no ano passado, 15 delas perderam a vida ao tentar cruzar as ruas próximas à lagoa.
Patas gigantes
A faixa de sinalização educativa é amarela e possui patas gigantes de capivaras – uma maneira criativa de chamar a atenção dos motoristas.
Além das ‘capifaixas’, também foram instaladas placas no entorno da Lagoa Maior alertando sobre a presença e trânsito desses animais.
Maior roedor terrestre, a capivara adora água. Precisa dela para manter sua pele úmida. Por isso mesmo, este simpático animal pode ser visto sempre próximo a rios, córregos, lagoas e pântanos.
A espécie, que pode ser encontrada ao longo de todos os países da América do Sul (com exceção do Chile), é bastante resistente e por esta razão, se adaptou bem à vida urbana.
Criatividade
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Agronegócio, Toniel Fernandes, essas faixas são exclusivamente para chamar a atenção dos motoristas.
“O nosso objetivo é reduzir ou até mesmo zerar o número de acidentes e atropelamentos de capivaras na Circular da Lagoa. Por isso, inovamos e usamos a criatividade para alertar quem transita na região”, explicou.
Serão três “capifaixas” pintadas, nos trechos em que há maior índice de atropelamentos, sendo uma frente à pista de skate e duas próximas ao Hotel OT.
Uma ideia que poderia copiada pela prefeitura de Campo Grande e pela administração do Parque dos Poderes, onde ocorre maior incidência de capivaras.
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