sexta, 29 de março de 2024
PARANÁ

Aumenta população de golfinhos nos arredores dos portos

09 AGO 2017 - 09h38Por Redação

Programa de Monitoramento de Cetáceos, desenvolvido pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), registrou neste ano uma população fixa de 400 golfinhos nos arredores dos Portos do Paraná, o que significa um aumento de 50 indivíduos nos últimos três anos. O monitoramento abrange toda a Baía de Paranaguá – desde as proximidades da Ilha da Galheta até o Porto de Antonina.

Desde o ano de 2014, houve um crescimento de 14% na população de golfinhos observada. A equipe de biólogos e especialistas da Appa percorreu cerca de 4,5 mil quilômetros pelas áreas de entorno dos portos paranaenses, totalizando 300 horas embarcadas. O trabalho resultou no registro de 55 mil imagens e 500 grupos de botos avistados.

O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que estas espécies são bioindicadores da qualidade da água. Se estão no local é porque o ambiente está saudável.

Impactos

“Monitoramos de maneira inédita o estado de conservação da fauna e da flora nas baías de Paranaguá e Antonina. O trabalho da Appa é fiscalizado pelos órgãos ambientais e visa minimizar os impactos da atividade portuária sobre os ecossistemas existentes”, explica Dividino.

Os portos são áreas de grande concentração dos cetáceos (como são chamados cientificamente os golfinhos), que podem ser observados em toda a região da Baía, perto da Ilha do Mel, próximo da Ilha das Cobras, na Ponta do Teixeira, na parte interna do canal da Ilha da Cotinga e na frente da Baía de Antonina.
Estas espécies – em especial o boto cinza, única espécie de golfinho avistada até o momento na região – utilizam a área do porto frequentemente para pescar sua comida, encurralando os cardumes contra os cascos dos navios para facilitar a captura dos peixes.

Identificação

O método utilizado pelos biólogos para estudar estes animais é a foto identificação, através das marcas naturais que os golfinhos adquirem ao longo do tempo. Esses mamíferos têm contato físico entre si, inclusive com mordidas que geram marcas naturais, principalmente na nadadeira dorsal, a porção do corpo que se pode observar quando eles sobem à superfície para respirar. As marcas funcionam como uma impressão digital.

Monitoramento

O Programa de Monitoramento de Cetáceos faz parte do Monitoramento da Biota Aquática e Determinação de Bioindicadores. O objetivo do trabalho é observar e analisar a presença e a qualidade das espécies existentes no entorno dos portos do Paraná em diferentes períodos do ano.

O Programa observa animais de todos os portes, desde os maiores e mais conhecidos, como os golfinhos, aos menores e microscópicos, como os plânctons. O programa integra o Plano de Controle do Sistema de Gestão Ambiental implantado pela Appa no final de 2013.

 

Leia Também

Relatos de viagem

A decoada, o armau e história de pescador no Pantanal do Nabileque

Mais Relatos de Viagem

Megafone

Sou bom pescador, se vocês não sabem, eu já peguei, em Porto Murtinho (MS), um jaú de 47 kg. Peguei junto com o Zeca do PT, usando anzol sem garra

Presidente Lula, durante evento no Ministério da Pesca e Aquicultura

Vídeos

Esportes radicais: calendário de 2024

Mais Vídeos

Eco Debate

HEITOR RODRIGUES FREIRE

Feliz Ano Novo

ARMANDO ARRUDA LACERDA

Pantanal universal? Consultem a sabedoria local

LUIZ PLADEVALL

Cuidar da água para não faltar