Um dos mais antigos atrativos turísticos e que ajudou a fazer a fama mundial de Bonito, a Ilha do Padre vence uma disputa de décadas em que passou por vários donos, sofreu impactos ambientais graves, e agora ressurge como unidade de conservação com o pomposo nome de Monumento Natural do Rio Formoso.
Ganhou nesta semana o plano de manejo, o primeiro de um monumento natural no Estado, sendo também o único nesta categoria de propriedade privada com gestão compartilhada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
A ilha está distante 12 quilômetros da cidade de Bonito e ocupa apenas três hectares, mas se junta a outras 15 hectares vizinhas para formar a área total do Monumento Natural Rio Formoso. Um espetáculo de água, plantas e bichos já visto e aplaudido por milhares de turistas desde 1973, quando começou a ser explorada.
O responsável do Departamento de Gestão de Segurança da empresa Eco Park Porto da Ilha (a nova proprietária do lugar), Rogério Pereira Alves, afirma que entre todos os atrativos, o local chega a receber, atualmente, 650 turistas por dia. Vão para curtir passeios em bote, boia cross, prancha inflável (stand up), ducks, barco elétrico, o restaurante, tomar banho no rio e logo será oferecido também passeios de bicicleta.
O plano de manejo foi elaborado por uma empresa de consultoria que trabalha desde 2014 no levantamento de informações completas sobre a situação do local. Também determina os investimentos necessários para compensar os impactos ambientais sofridos e para possibilitar a visitação pública sem causar mais agressões ao meio ambiente. “A partir de agora tudo o que será feito na ilha já tem que constar no plano de manejo e será vistoriado pelo Imasul para ver se está seguindo o que foi determinado”, explica Rogério.
Trindade turística
Desde que assumiram o controle da ilha, há cinco anos, os seis empresários que criaram a empresa Eco Park Porto da Ilha já fizeram investimento pesado com reforma integral de todas as estruturas; fixação de placas indicativas, de segurança e regras; adquiriram equipamentos de salvamento aquático e primeiros-socorros, treinaram o pessoal que trabalha no local e o principal: custearam o estudo do plano de manejo que soma mais de 400 páginas de informações e normas para o uso da área e manejo dos recursos naturais.
“Esta é uma iniciativa inédita no País, em que a iniciativa privada adquire uma área com alto passivo ambiental e transforma numa unidade de conservação som a supervisão do órgão ambiental”, diz Rogério Pereira Alves.
E um desfecho feliz para um atrativo que ao longo dos anos não recebeu os cuidados merecidos, a despeito do cenário sagrado em que se insere. A ilha do Formoso, ao lado da Gruta do Lago Azul e do Balneário Municipal, formam a trindade turística que ajudou a consolidar Bonito como destino do ecoturismo mundial.
Agora ganha proteção perpétua e continuará sua missão de encantar os visitantes de todos os países com seu idioma universal: a beleza.
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