O Festival de Inverno de Bonito (FIB), lançado nesta segunda-feira, 26, pelo governador Reinaldo Azambuja, vai comemorar a sua maioridade em grande estilo. De 27 a 30 de julho, o festival de arte e cultura mais tradicional do Estado chega a sua 18ª edição com uma grande celebração na cidade bonitense. Serão 149 atrações artísticas, 32 oficinas e cursos, nove estandes e 17 horas diárias de programação gratuita. O tema central é o 40º aniversário de criação do Estado.
Dentre suas principais atrações, a participação dos cantores sul-mato-grossenses de expressão nacional Ney Matogrosso e Tetê Espíndola, que vão fazer vibrar aquele paraíso de águas e verde com seu forte timbre de voz, convocando os pássaros e os bichos para se juntarem a este grande encontro da cultura, cidadania e do meio ambiente. Este ano, os homenageados são a professora e escritora Maria Sá Rosa e a dupla Bete e Betinha, ícone da música genuinamente sul-mato-grossense.
O FIB vai expandir suas atividades além da Praça da Liberdade. Em 2017, o festival chegará ao distrito Águas de Miranda, ao Assentamento Guaicuru e ao Bairro Marambaia. O festival chega aos seus 18 anos com muitas novidades. A realização é do governo do Estado e da prefeitura de Bonito. O festival tem apoio de diversas instituições e empresas e a programação foi escolhida com a participação da comunidade bonitense.
Retirada da Laguna
Entre as novidades do FIB estão as sessões itinerantes de cinema em um confortável caminhão adaptado para receber o público infantil, jovem e adulto; uma mostra gastronômica em que será escolhido o melhor prato por votação popular; intervenções artísticas da Confraria Socioartista em pontos diferentes da cidade; uma escultura finalizada “ao vivo” pelo artista visual Adilson Schieffer para comemorar os 150 anos da Retirada da Laguna; o show “Canta Bonito” produzido especialmente com artistas da própria cidade; a presença inédita da música eletrônica na programação representada por Renato Tulux, agora com novo nome: Toulouse 84.
O Centro de Múltiplo Uso (CMU) é outra novidade e o novo endereço do FIB em Bonito nesta edição comemorativa. Das 9h às 17h, o local vai servir de ponto de encontro entre os estudantes bonitenses para participarem de oficinas, atividades culturais e espetáculos. Uma tenda de circo será palco para a apresentação de estudantes de escolas públicas bonitenses e outras instituições, como o Centro de Educação Infantil Laura Vicuña, Pestallozzi, Studio Kadoshi Dance e Instituto Família Legal.
Canta Bonito
Na área musical, entre as 16 atrações musicais, apenas uma não é sul-mato-grossense: a rapper curitibana Karol Conka. Grandes nomes da música de Mato Grosso do Sul estarão no FIB. No primeiro dia do festival (27) uma dobradinha muito popular: o acordeonista Dino Rocha, o Rei do Chamamé e um dos maiores acordeonistas do Brasil, e a dupla Jads e Jadson, sucesso nos quatro cantos do país; no segundo dia do evento (28) se apresentam antes do show da paranaense Karol Conka, rapper sensação dó Brasil, a cantora campo-grandense revelação do reggae brasileiro Maria Peralta e o DJ Toulouse 84.
O terceiro dia do festival (29) traz um show especialíssimo: as irmãs Tetê Espíndola e Alzira E irão receber em seu show a outra dupla de irmãs Beth e Betinha, homenageadas do FIB em 2017. Será um encontro raro e histórico, reunindo de um lado as vanguardistas Tetê e Alzira e as pioneiras Beth e Betinha. Para encerrar a noite com chave de ouro o espetáculo de Ney Matogrosso, bela-vistense da cepa que ganhou o mundo e se tornou um dos maiores nomes da música brasileira.
No último dia do FIB 2017 (30), a programação musical começa com o show “Canta Bonito”, revelando que a cidade bonitense tem artistas de talento. Na sequência o “Baile Brasileiro” comandado pelo filho da terra Gabriel Sater e o espetáculo final com o virtuoso e carismático instrumentista Marcelo Loureiro. Para marcar a abertura das atividades vespertinas do festival, o maestro Eduardo Martinelli vai comandar uma roda de chorinho nas proximidades da Praça da Liberdade.
Tenda dos saberes
Nas artes cênicas –teatro, dança e circo–, das 20 atrações somente três são de outros estados brasileiros: Cia. Pia Fraus (SP), Irmãos Sabatino (SP) e Mimulus Cia de Dança (MG). Entre os grupos e artistas de MS estão Funk-se, Teatral Grupo de Risco, Circo do Mato, Grupo Bailah, Cia. Dançurbana, Cia. Theastai, Grupo Teatral Unicórnio e Cia Aplausos.
O FIB 2017 vai contar também com uma programação extensa nos nove estandes da Praça da Liberdade. As subsecretarias de Igualdade Racial, Defesa da Mulher, LGBT e Juventude irão ganhar um espaço exclusivo: o Estande da Cidadania. Já a Tenda dos Saberes Indígenas, uma das mais procuradas nas últimas duas edições, continua com várias atrações interessantes. Desta vez, o visitante vai poder acompanhar, por exemplo, o processo da fabricação das cerâmicas Kinikinau, Kadweu e Terena.
A Praça da Liberdade ainda vai abrigar o Espaço de Artes Visuais – onde haverá a exposição “Um Panorama da História das Artes Visuais em Mato Grosso do Sul”, com 13 obras importantes do acervo do Museu de Arte Contemporânea de MS (MARCO)–, o Estande da Educação (SED), o Pavilhão das Artes com lançamento de livros e exposição de artesanato, o Espaço da Cultura da Infância e a tenda do projeto Memória Fonográfica de MS, do pesquisador Carlos Luz, em que o público tem acesso a LPs e discos fundamentais da música sul-mato-grossense.
Debates
O FIB terá na sexta e no sábado uma série de encontros entre estudiosos, pesquisadores, artistas, profissionais liberais e escritores ligados a cultura sul-mato-grossense. Com abertura na sexta pela manhã, os debates vão envolver questões como o combate a homofobia, a construção da malha cultural sul-mato-grossense e a cultura indígena em Mato Grosso do Sul.
O público ainda poderá participar do “Encontro Estadual de Gestoras Municipais de Políticas Para Mulheres” e do debate entre mulheres que realizam ações importantes na cidade de Bonito, além da terceira edição do “Encontro Regional de Arte Educadores” e do seminário de turismo que tratará dos 150 anos da Retirada da Laguna, marco histórico brasileiro envolvendo a Guerra do Paraguai e Mato Grosso do Sul.
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