DENÚNCIA

Cresce número de matadouros clandestinos em MS

2 JUL 2017 • Por Redação • 11h25

A saída de grandes frigoríficos do cenário econômico de Mato Grosso do Sul está dando lugar a matadouros clandestinos, com péssimas condições de higiene e que podem prejudicar a saúde tanto de trabalhadores como principalmente dos consumidores desses produtos originários dos abates em locais e condições inapropriados.

A denúncia é de Rinaldo Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande – STIAACG e representante do Estado na Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – CNTA.

Mato Grosso do Sul, segundo a denúncia do sindicalista, possui em torno de 12 matadouros “em péssimas condições, que deveriam ser fiscalizados e lacrados, pois não oferecem as menores condições de higiene, colocando a vida de trabalhadores e consumidores em risco”, afirma Rinaldo.

Só Campo Grande possui, segundo o sindicalista, três matadouros nessas (péssimas) condições. Os demais estão situados nas cidades de Cassilandia, Chapadão do Sul, Corumbá, Aquidauana, Nioaque, Bonito, Rochedinho, Sidrolândia e Rochedo. Eles fornecem para o mercado consumidor local e a qualidade da carne não é confiável, garante o sindicalista, pelo fato de não ter o selo do SIF (Serviço de Inspeção Federal) e por serem estabelecimentos totalmente fora de qualquer padrão aceitável.

Riscos

O sindicalista afirma que denuncia esses estabelecimentos pelo bem dos trabalhadores uma vez que além dos riscos que correm nesses locais, por não usarem equipamentos adequados de proteção, a maioria dos empregados não recebem devidamente seus direitos trabalhistas e muitos até nem são registrados pelo regime CLT.

“Como representantes dos trabalhadores em frigoríficos e nas indústrias de alimentação em geral, junto à CNTA, não poderíamos ficar calados diante da proliferação desse tipo de atividade. Ainda mais agora que a tendência é aumentar em função do fechamento de muitos estabelecimentos de grande porte”, justifica o sindicalista, cobrando providências do Ministério da Agricultura e dos órgãos de fiscalização sanitária dos munícipios e do Estado.