quinta, 28 de março de 2024

O Poder do Silêncio

23 DEZ 2019 - 13h15Por HEITOR FREIRE

Neste mundo tão barulhento em que vivemos hoje, urge resgatar o poder do silêncio. Temos que observar o quanto o silêncio é poderoso. A majestosa natureza opera em completo e total silêncio. No silêncio aprendemos a escutar a nossa voz interior. É assim que o Mentor se comunica melhor com cada um. Quanto mais falamos mais nos enfraquecemos porque a energia usada na fala diminui nossa força interior.

O silêncio não representa apenas a ausência de barulho e de conteúdo. É a dimensão mais profunda do nosso ser, a inteligência primordial, a consciência que desperta paulatinamente à medida que observamos o silêncio operando seu poder transformador, dissipando todas as dúvidas, medos e frustrações e alcançando a Paz Profunda.

O silêncio nos proporciona a solução de diversas questões internas, pois tem o poder de anular a negatividade. Ficar em silêncio é muito difícil porque o turbilhão de pensamentos que normalmente assediam nossa mente e que nos distraem tem sido preponderantes;

Blaise Pascal (1623-1662), dizia: “o silêncio eterno desses espaços infinitos me assombra”.

Pitágoras ensinava: “o começo da sabedoria é o silêncio”. Antes de iniciar um neófito em sua escola de mistérios, Pitágoras o submetia a uma disciplina severa do silêncio. O neófito permanecia em silêncio por um tempo indeterminado até que pela avaliação do seu mestre era iniciado nos augustos mistérios. Ele aprendia pela experiência pessoal, que o silêncio é quase um poder divino — a mãe de todas as virtudes.

A sociedade moderna está literalmente envenenada pelo tumulto de máquinas, está saturada com palavras barulhentas e vazias. O que importa hoje é quem fala mais alto, quem apresenta melhores argumentos, quem conta sua versão dos acontecimentos com detalhes, em sua maioria, os mais insignificantes.

É no silêncio que o Cósmico, o Ser Divino, torna-se manifesto à nossa consciência. Para que ouçamos a orientação divina, para termos lampejos de intuição, devemos aprender a silenciar a voz subjetiva do nosso pensamento. Quanto mais falamos mais nos enfraquecemos porque usamos a energia da fala de maneira inconsequente.

Será muito salutar para todos os que se dispuserem ao teste do silêncio – a regularidade na observação do silêncio por alguns minutos todos os dias, de preferência no mesmo horário concorre para ativar a memória e a atenção concentrada, tendo como consequência, o enriquecimento natural que se obterá com essa prática.

A disciplina do silêncio constitui poder; ela nos permite manter dentro de nós um influxo de vitalidade que palavras inúteis desperdiçam. O silêncio ajuda a subir mais um degrau na escada da espiritualidade.

É nele que encontramos o poder que existe dentro de cada um.

É necessário experimentar o silêncio, porque essa ação fará a conexão com o hoje, respeitando o passado, e se libertando da ansiedade para o futuro. Há uma dignidade majestosa no silêncio e que se manifesta de forma soberana quando silenciamos nossa mente.

“Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Provérbios 25:11).

No Oriente, o silêncio tem um significado profundamente espiritual e relacionado com o mundo ético. O silêncio místico convida a uma viagem pelas fibras íntimas das raízes plantadas em nossas vidas. Lá o silêncio é considerado ativo, indicativo de busca e introspecção, encontro com a voz interior. Quem cala, tem o poder.

O silêncio nos conecta com a Verdade e dissipa a ignorância que é o único pecado, segundo Sócrates.

Assim como quem quer emagrecer deve praticar o jejum, proponho para quem quiser alcançar o verdadeiro poder, que se abstenha de falar, praticando um jejum consciente de palavras.

Quem quiser atingir a plenitude deve cultivar o silêncio. Esse é o segredo!

Heitor Rodrigues Freire, corretor de imóveis e advogado

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