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Conferência do Wildfire em MS debate incêndios florestais

24 OUT 2019 - 14h27Por REDAÇÃO

Campo Grande (MS) receberá a 7ª Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais (Wildfire), que pela primeira vez será realizado no Brasil. O evento acontecerá entre os dias 28 de novembro a 1º de novembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Abertura dos trabalho será às 9h, no Auditório Manoel de Barros. A cerimônia com a presença de autoridades ocorrerá às 18h30.

A Conferência reunirá gestores, autoridades, técnicos, pesquisadores e brigadistas de diversas nacionalidades para troca de conhecimento sobre métodos de combate ao fogo, novas tecnologias e estratégias para ações conjuntas entre comunidades e países.

Em sua sétima edição, o tema principal da conferência é“Frente a frente com o fogo em um mundo em mudanças: redução da vulnerabilidade das populações e dos ecossistemas por meio do Manejo Integrado do Fogo”. Nesse contexto, um dos principais objetivos do evento é promove cooperação internacional e ajuda humanitária, fortalecendo a estratégia global para gerenciamento de incêndios e manejo do fogo.

O evento deverá contar, na abertura, com a presença dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente), Tereza Cristina Dias (Agricultura e Pecuária) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde); governador Reinaldo Azambuja; presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim; secretário Estadual Jaime Verruck (Semagro); coordenador Estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Fábio Catarinelli, e coordenador estadual do PrevFogo, Márcio Yule.

Troca de experiências

A agenda do Wilfire conta com palestras de convidados de diversos países, apresentação de trabalhos desenvolvidos por empresas, pesquisadores e especialistas e sessões temáticas para aprofundamento do tema dentro das vertentes de clima, meteorologia, ecossistemas, desastres, segurança e saúde humana.

A Wildfire é o maior evento do gênero no planeta. Acontece de quatro em quatro anos; o primeiro foi em 1989, em Boston (USA), em 1997 em Vancouver (Canadá), em 2002 em Sidnei (Austrália), em 2007 na cidade de Sevilha (Espanha) e em 2011 em Sun City (África do Sul). Reúne todas as partes envolvidas na gestão de incêndios florestais e seus campos relacionados, como silvicultura, clima e meteorologia, ecossistemas, desastres e segurança e saúde humana.

Os participantes partilharão conhecimentos e experiências sobre a metodologia de gestão de incêndios e debaterão estratégias para o reforço da cooperação internacional.

Confira a programação completa da 7ª Wildfire:
https://www.ibama.gov.br/wildfire2019-programacao

A decisão de trazer para Campo Grande o Wildfire 2019 foi tomada em fevereiro de 2016, em reunião com diversas autoridades que contou com a presença do secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. Em março do ano passado, membros do International Liaison Committee, o Comitê Internacional que organiza a conferência, estiveram na Capital sul-mato-grossense para reuniões técnicas e vistorias aos locais que abrigará a megaestrutura do evento.

São esperados entre 1 mil a 1,5 mil participantes no evento, representando cerca de oitenta países. Na avaliação dos membros do comitê, a cidade de Campo Grande foi aprovada por possuir boa rede hoteleira e estrutura própria adequada ao evento. Pesou também na decisão o apoio do Governo do Estado, através da Semagro, que vem trabalhando nos preparativos há dois anos. Município e governo federal também são parceiros, além do envolvimento do trade e entidades empresariais.

Problema crônico

Na opinião do secretário Jaime Verruck, a localização de Campo Grande facilita a participação de representantes de outros países da América do Sul, como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que são países onde também há concentração de focos de incêndios florestais, portanto interessados no assunto. O fato de ser uma cidade de porte médio, com menos problemas de mobilidade urbana se comparada às grandes capitais (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), também pesou na decisão.

A conferência Internacional sobre Incêndios Florestais é um espaço de debate para profissionais que atuam no manejo do fogo e no controle de incêndios florestais no mundo todo, tais como tomadores de decisão, políticos e pesquisadores. Um dos objetivos é fomentar discussões e divulgar trabalhos sobre os impactos do fogo para as pessoas, comunidades, recursos e ecossistemas em todas as regiões do mundo.

O encontro também é um espaço para promover a cooperação internacional e a ajuda humanitária, consolidando a estratégia global para o gerenciamento de incêndios e o manejo do fogo. Durante o evento, também acontece uma feira, cujo objetivo é atrair empresas, instituições de pesquisa e especialistas no tema para exporem novas tecnologias, produtos e métodos para o manejo do fogo e o controle de incêndios florestais, em estreita interação com os participantes da Conferência.

Segundo os organizadores, incêndios florestais são um problema crônico no mundo todo e afetam de maneira grave a biodiversidade, a saúde da população, os transportes, além de acelerarem o processo de aquecimento global. No Pantanal, por exemplo, o município de Corumbá-MS, que corresponde a 60% do território do bioma, está entre as cidades com mais focos de incêndio em 2019 que, até a segunda semana de setembro, destruíram 1.027 milhão de hectares de vegetação no bioma e na Serra da Bodoquena.

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